A Justiça restabeleceu as prisões de cinco envolvidos com o jogo do bicho e alvos da Operação Sucessione, deflagrada pelo Gaeco ( Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em 2023. Na época da ação, o Gaeco apontou o major como gerente da quadrilha.
A decisão para que os investigados voltem para a prisão foi publicada nesta terça-feira (16), em Diário da Justiça. “O Ministério Público alegou a permanência dos requisitos legais da prisão preventiva, especialmente diante da gravidade concreta dos crimes apurados, da suposta atuação
dos acusados em organização criminosa violenta voltada ao domínio do jogo do bicho e da possibilidade de reiteração delitiva.”, diz parte da decisão.
Ainda segundo a decisão, “as medidas cautelares diversas da prisão mostram-se inadequadas quando os delitos imputados envolvem organização criminosa complexa, atuação armada, crimes graves e histórico de foragidos.”, fala.
Devem voltar para a cadeia: Valnir Queiroz Martinelli, Manoel José Ribeiro, Wilson Souza Goulart, José Eduardo Abdulahad e Gilberto Luis dos Santos. Em junho deste ano, a Justiça havia revogado as prisões de Julio Cezar Ferreira dos Santos, Diego de Sousa Nunes, Diogo Francisco, Edilson Rodrigues Ferreira e Taygor Ivan Moretto Pelissari.
Major apontado como gerente do jogo do bicho
Conforme a denúncia, ‘Barba’ exerce controle sobre os integrantes do grupo criminoso no que diz respeito às articulações da organização criminosa para a tomada do controle do jogo do bicho em Campo Grande. Dessa forma, sempre atendendo aos comandos do líder, o deputado estadual Roberto Razuk Filho, Neno.
Major Gilberto lidava ostensivamente com intermediários, oferecendo treinamento, controlando a ação dos ‘recolhes’ e ‘apontadores’ do jogo do bicho, sem comprometer a imagem do chefe da organização, apontado pelo MPMS como sendo Neno Razuk.
Quando flagrado na casa no Monte Castelo, em outubro de 2023, por policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), o major havia dito que estava na residência jogando com outras pessoas. Na ocasião, acabaram apreendidas 700 máquinas do jogo do bicho.
No entanto, no local foi apreendida uma agenda que estava com o militar aposentado. Nela, constavam nomes e o esquema de funcionamento atual do grupo de São Paulo, que está no controle do jogo do bicho em Campo Grande.
Na agenda ainda foram encontrados os nomes de ‘recolhes’ ligados ao grupo de São Paulo, que estavam na mira do grupo chefiado por Neno Razuk, seja para deixarem o grupo para o qual trabalhavam ou para serem alvos de nova ação.
A casa em que o grupo foi encontrado em outubro havia sido alugada por um casal. Assim, o local serve de base para a organização criminosa em apoio logístico. O aluguel da residência estava acordado em R$ 2.500.
No dia anterior ao flagrante feito pelo Garras, na casa do Monte Líbano, o grupo havia se reunido definindo que ‘iriam para cima’ dos concorrentes. O major teria participado de um dos roubos dos malotes do grupo rival.
Major Gilberto Luiz acabou sendo preso na primeira fase da Operação Sucessione, deflagrada no dia 5 deste mês. Naquele momento, houve a expedição de 10 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão. Os mandados de prisão foram cumpridos em Campo Grande e Ponta Porã.
De dez, oito mandados de prisão temporária foram cumpridos contra suspeitos de envolvimento com o crime organizado do jogo do bicho. Esquema, inclusive, estaria inserido nos órgãos de segurança pública de Mato Grosso do Sul.
Todos os presos estavam em uma casa onde foram apreendidas 700 máquinas do jogo do bicho. Apreensão ocorreu no último dia 16 de outubro, no bairro Monte Castelo, em Campo Grande.
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