Cerca de 16 peritos papiloscopistas são alvo de um AIP (Auto de Investigação Preliminar), logo após a ida dos agentes a votações na Assembleia Legislativa, que discutia a aprovação para a inserção dos papiloscopistas no grupo de Peritos Oficiais Forenses.
Os alvos da denúncia estiveram no dia 24 de outubro na Assembleia Legislativa para a votação, sendo aprovada a inserção dos papiloscopistas na carreira. Após isso, o Sinpap-MS (Sindicato dos Peritos Papiloscopistas) afirma que os agentes passaram a sofrer ‘perseguições’.
No dia 3 de junho, o Sinpap entrou com pedido para que o Coordenador Geral de Perícias arquivasse o procedimento. O imbróglio entre peritos criminais e peritos papiloscopistas se arrasta há anos.
De um lado, a categoria de peritos criminais afirma que os papiloscopistas estão usurpando função, já que os agentes teriam como função a captação de digital de presos em delegacias e confecção de RGs, os proibindo por lei de irem a locais de crimes.
Já a categoria dos papiloscopistas afirma que são peritos oficiais. “Essa discussão já está pacificada”, diz uma das agentes que não quis se identificar. “A perseguição estaria ligada no propósito de enfraquecer a gente. Eles (criminais) querem extinguir a nossa categoria”, falou.
A estratégia seria uma forma de enfraquecer os papiloscopistas junto à Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). Os servidores investigados são acusados de falsidade ideológica, já que estariam fora de seus postos de trabalho para participar da votação, onde teriam colocado em folhas de frequência o código P de presente.
O sindicato rebate, afirmando que os peritos que estiveram presentes nas sessões legislativas estavam de férias, em dias de folga. Ainda segundo o sindicato, outros agentes que cumpriam regime de expediente foram dispensados por seus superiores.
Já outros haviam feito troca de plantão para poderem participar da sessão na Assembleia. Há também denúncia por parte do sindicato de práticas como a promoção de cursos irregulares por peritos criminais, invasões reiteradas de atribuições exclusivas dos peritos papiloscopistas, tentativas de retirada de competências legais, retirada de viaturas e telefones funcionais da categoria.
O Jornal Midiamax entrou em contato com a Coordenadoria do peritos para saber sobre a investigação aberta contra os 16 papiloscopistas e foi dito que segue em apuração. Confira a nota na íntegra:
“Informamos que eventuais denúncias ou indícios de irregularidade, independentemente da natureza ou origem, são devidamente apurados pelos órgãos competentes, conforme os trâmites legais”.
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