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Polícia

‘Sem Desconto’: 72% das entidades não possuíam estrutura para oferecer serviços aos beneficiários do INSS

Além disso, mais de 90% dos beneficiários não reconheciam os descontos
Layane Costa -
Operação 'Sem Desconto' (Reprodução, PF)

Durante as investigações da Operação ‘Sem Desconto’, foi identificado que 72% das entidades não possuíam estruturas operacionais para prestar os serviços que ofereciam aos beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), além de não entregarem as documentações necessárias.

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A operação, deflagrada na manhã desta quarta-feira (23), visa combater um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS. Durante as investigações, iniciadas em 2023 pela CGU (Controladoria-Geral da União), foram entrevistados 1.300 aposentados, sendo que boa parte deles não sabia que havia descontos em suas folhas de pagamento.

“Mais de 90% deles não reconheciam ter autorizado esses descontos. Inclusive, alguns só ficaram sabendo que estavam sendo descontados durante a entrevista”, disse o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho.

Foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão, além de seis mandados de prisão temporária – sendo três cumpridos e três alvos foragidos – nos estados de , Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, , , Sergipe, além do Distrito Federal.

Acordo de Cooperação Técnica (ACT)

Foi descoberto que as entidades cobraram de aposentados e pensionistas o valor estimado de R$ 6,3 bilhões, no período entre 2019 e 2024. As entidades de classe, como associações e sindicatos, firmam Acordos de Cooperação Técnica (ACT) com o INSS, permitindo que realizem descontos de mensalidades associativas diretamente na folha de pagamento dos beneficiários.

Contudo, as investigações revelam que o esquema consistia em realizar descontos sem a autorização dos titulares. Ou seja, os valores eram descontados sem o consentimento dos beneficiários. Ao todo, 11 entidades foram alvo da operação.

“Infelizmente, a maioria dessas pessoas não havia autorizado os descontos – a grande maioria era vítima de fraudes, como falsificação de assinaturas”, pontuou Vinícius.

Servidores afastados

Durante a operação, seis servidores públicos foram afastados de suas funções, incluindo o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Também foram afastados o Diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão, o Chefe da Procuradoria Federal Especializada, o Coordenador-Geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente, o Coordenador de Pagamentos e Benefícios do INSS, além de policial federal.

Os investigados poderão responder pelos crimes de ativa, passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais.

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