O segundo trimestre de 2025 apresentou queda de 12% nos crimes envolvendo mortes em Mato Grosso do Sul, considerando o mesmo período no ano passado. De abril a junho, foram registrados 86 casos, enquanto, no ano de 2024, foram 98 registros.
O levantamento realizado pelo Jornal Midiamax, com base nos dados apresentados no Sigo Estatística, da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), elencou os CVLI (Crimes Violentos Letais Intencionais). A categoria inclui feminicídios, homicídios dolosos (com intenção de matar), lesão corporal seguida de morte, latrocínio (roubo qualificado resultando em morte) e maus-tratos (se do fato resulta a morte).
Em comparação com o segundo trimestre de 2024, os números revelam uma queda de aproximadamente 12% nos registros. O mês de maio foi o mais violento, com 35 casos, contra abril do ano passado, com 39 casos.

Já em relação a 2025, o segundo trimestre apresentou uma queda de 32% nos crimes seguidos de morte, considerando o primeiro trimestre deste ano. De abril a junho, foram registrados 86 casos, enquanto de janeiro a março, foram 127.
Contudo, apesar da queda dos números, alguns crimes tiveram aumento no trimestre, como feminicídios — a análise aponta um aumento de 28% do primeiro trimestre para o segundo de 2025.
Crimes de feminicídio
A violência contra a mulher resultante em feminicídios, em Mato Grosso do Sul, apresentou aumento de 12% no segundo trimestre em comparação com o ano de 2024. Porém, o crescimento não foi expressivo. No ano de 2024, foram registrados 8 casos, número que aumentou para 9 neste ano.
Entre as 9 vítimas, a morte de Vanessa Eugênia Medeiros, de 23 anos, e da filha, Sophie Eugênia Borges, de 10 meses, ganhou repercussão na imprensa local e nacional. O suspeito matou a companheira e depois assassinou a bebê em maio. Após o crime, o homem colocou ambas no porta-malas do veículo e foi até a região do distrito de Indubrasil, onde ateou fogo nos corpos.

Até a publicação desta matéria, foram registrados 17 feminicídios em Mato Grosso do Sul em 2025. As demais vítimas são: Vanessa Ricarte, Karina Corim, Juliana Domingues, Mirielle do Santos, Emiliana Mendes, Gisele Cristina Oliskowiski, Alessandra da Silva Arruda, Ivone Barbosa, Thácia Paula, Simone da Silva, Olizandra Vera Cano, Graciane de Sousa Silva, Eliana Guanes, Doralice da Silva e Rose Antônio de Paula.
Homicídio doloso
Os casos de homicídios dolosos — que enquadram crimes nos quais há intenção de matar, ou em que se assume o risco de matar outra pessoa, podendo ser simples ou qualificado — são os mais volumosos em Mato Grosso do Sul. Os dados apontam, neste segundo semestre, 81 registros. Comparado ao período equivalente de 2024, quando foram registrados 82, a queda foi de 1,2% em 2025.
Entre os registros, está o caso de Denner Vieira Vasconcelos, de 21 anos, executado com 14 tiros, no Bairro Moreninhas, em Campo Grande, na noite de 24 de maio, junto de seu avô, um policial militar aposentado, assassinado com um tiro.
Informações obtidas pelo Midiamax são de que o autor do duplo homicídio estaria atrás do irmão de Denner, que morreu por engano. A vingança seria pelo assassinato de Gustavo de Lima, de 17 anos, em janeiro de 2024, nas Moreninhas.

Lesão corporal seguida de morte
Entre os crimes que apresentaram redução, está a lesão corporal seguida de morte, caracterizada como um crime preterdoloso. Isso porque o autor tem a intenção de ferir a vítima, mas não deseja matá-la.
Em um comparativo, houve uma redução de 66% nos números em 2025. No segundo semestre de 2024, foram registradas 6 mortes, já neste ano, foram 2 mortes por lesão corporal.
Um dos últimos registros do mês de junho é o caso do filho que se apresentava como ‘coach’, acusado de matar o próprio pai, Hugo Abel Heyn, de 69, no Bairro Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande.
Conforme informações da esposa da vítima e mãe do autor, o homicídio ocorreu após uma discussão entre pai e filho, por volta das 23 horas do dia 26 de junho. Segundo ela, o filho apresentava irritação e parecia estar em surto. O autor arrebentou a porta do quarto, pulou em cima da vítima com uma faca e desferiu diversos golpes, tendo atingido seu tórax e braços.

Roubo seguido de morte (latrocínio)
Entre os crimes violentos letais intencionais, também está roubo seguido de morte — popularmente conhecido como latrocínio. A tipificação apresentou uma redução significativa de 80%. Em Mato Grosso do Sul, no segundo trimestre de 2024, conta o registro de 5 casos, contra 1 neste ano.
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