Ocupa o banco de réus no Tribunal do Júri de Campo Grande, na manhã desta sexta-feira (19), Janderson Maxwell Rochy Silva. Ele é acusado de matar Jullian Gabriel da Silva Acosta, no Jardim Centro-Oeste, em janeiro deste ano.
Janderson foi preso preventivamente escondido dentro de uma despensa, 22 dias após o crime. Na época, ele confessou o assassinato, revelando a motivação e detalhes da dinâmica do homicídio.
No entanto, durante o depoimento no Tribunal do Júri na manhã desta sexta (19), o réu optou por ficar em silêncio. Com o ato processual encerrado, iniciam-se os debates entre defesa e acusação e, posteriormente a votação do Conselho Sentença.
Entre o público presente no julgamento está a irmã de Jullian. Ao Jornal Midiamax, Bruna Isabelle Nobrega lembrou do irmão. “Quero que meu irmão seja lembrado pelo ser humano alegre que ele era, que apesar dos problemas, nunca perdeu a alegria de viver. Eu sempre vou lembrar dele como um irmão carinhoso, afetuoso, éramos muito parceiros apesar de morar com o meu pai desde a infância e ele com minha mãe”, falou.
Por fim, Bruna revelou sua expectativa com o julgamento. “Eu espero que a justiça seja feita, que ele receba a sentença justa pelo crime hediondo”.
Além da irmã, a mãe de Jullian também pede justiça nesta sexta-feira (19). “Quero exigir justiça pelo meu filho”.

Interrogatório do réu
Jullian, conhecido como ‘Gole’, foi encontrado morto esfaqueado com as vísceras expostas na madrugada do dia 9 de janeiro. O réu foi preso por policiais da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) somente 22 dias após o crime.
Na delegacia, Janderson confessou o crime e confirmou que o motivo teria sido a bicicleta. Segundo ele, naquele dia 9, Jullian, estava ingerindo bebida alcoólica em frente a uma conveniência no bairro Moreninhas, quando pegou uma bicicleta de uma colega para ir até a casa de outro amigo.
O réu, proprietário da bicicleta, ficou irado porque a vítima teria pegado a bicicleta sem sua autorização e então saiu atrás dele, armado com uma faca. Jullian, que era epilético e não havia notado que estava sendo seguido, caiu da bicicleta convulsionando, momento em que o réu conseguiu alcançá-lo, e atacá-lo.
Agonizando e desorientado, já que havia acabado de sair de uma crise epilética, Jullian conseguiu se levantar e tentar fugir, mas foi atingido por mais facadas.
O réu então pegou a bicicleta, deu mais um golpe na vítima e fugiu. Depois, ele foi identificado através de câmeras de segurança e um mandado de prisão preventiva foi expedido pelo Poder Judiciário.

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