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Polícia

Réu por assassinar a própria mãe com golpes de pá é condenado a 31 anos de prisão em Campo Grande

Somente no plenário, Diego Pires confessou ter assassinado a própria mãe com uma pá
Layane Costa -
Mariza Pires foi assassinada aos 66 anos. (Arquivo Pessoal)

Réu confesso pelo da própria mãe, Diego Pires de Souza foi condenado a mais de 30 anos de prisão pelo feminicídio qualificado de Mariza Pires, ocorrido em 27 de dezembro, no Parque Residencial União. A condenação veio durante o tribunal do júri realizado nesta quarta-feira (20), na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em .

Pela manhã, Diego confessou ter golpeado a mãe com uma pá. Mas alegou que não estava consciente no momento do crime, visto que teria usado cinco gramas de e não se lembra de como matou Mariza.

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A vítima, de 66 anos, sofreu inúmeros golpes de pá na região da cabeça, teve o nariz quebrado, fraturou parte do crânio e sofreu lesões no rosto.

Assim, por maioria dos votos, Diego Pires foi condenado por feminicídio qualificado, tendo a pena fixada em 31 anos e 6 meses de prisão, em regime fechado. Ele deve permanecer preso até que eventualmente consiga progressão no Juízo da Execução Penal.

Além disso, foi condenado ao pagamento de indenização para a família no valor de R$ 10 mil, a título de dano moral.

‘Não estava consciente’

Durante o julgamento, Diego disse que “não estava consciente”. Conforme o acusado, ele seria usuário de drogas e havia se internado em uma casa de reabilitação em agosto de 2024. No entanto, saiu poucos dias depois, retornando a morar com a mãe.

No dia do crime, Diego disse haver usado cinco gramas de cocaína e não se lembra de como cometeu o assassinato. “Não estava consciente, não sabia o que estava fazendo”, falou. Segundo o acusado, ele se lembra de ter ligado para o e dito que ‘sua mãe estava desacordada’.

Quando questionado sobre ter permanecido em silêncio durante seu depoimento na delegacia e em juízo, Diego disse que solicitou para ser transferido do presídio em que estava, por não ser faccionado e estar com medo de ser morto.

Réu confessou o crime durante julgamento. (Carol Leite / Jornal Midiamax)

Família não acredita que ele estaria sob efeito de drogas

Em entrevista ao Jornal Midiamax, Alfredo Gomes Neto, de 32 anos, irmão do réu e filho da vítima, disse que não acredita que Diego estaria sob efeito de drogas. “Provavelmente, por ser uma pessoa difícil de lidar, ele teve alguma discussão com ela [mãe], realmente ele deve ter discutido com ela, e na hora da raiva ele acabou pegando a pá e agrediu ela”, disse.

Sobre o dia do crime, Alfredo relembra que foi o primeiro a chegar na casa após receber uma ligação de Diego.

“Ele falava assim, gritava: ‘Minha mãe, a mãe, a mãe’. Eu corri para casa e, quando cheguei lá, vi que ela estava no chão. Só que ele falava que saiu pra comprar um cigarro e quando voltou ela tava no chão caída”, relembra o irmão.

“E aí verifiquei que não tinha nada forçado, não tinha arrombamento, não tinha sinais de ter algum roubo, algo do tipo. Então, assim, pra mim, na hora que eu cheguei, já cheguei imaginando que tinha sido ele”, acrescenta Alfredo.

Agora, a família pede por justiça, que Diego seja julgado e permaneça preso. “Aqui fora ele perdeu tudo, irmãos, as filhas que não querem saber dele, ele não tem mais família aqui fora”, finaliza.

Alfredo Gomes Neto, 32 anos, irmão do réu e filho da vítima. (Carol Leite / Jornal Midiamax)

Diego efetuou inúmeros golpes de pá contra a própria mãe

O feminicídio aconteceu na noite do dia 27 de dezembro, no Residencial União. Segundo a denúncia, Mariza e o filho estavam discutindo, quando o homem pegou uma pá e efetuou diversos golpes contra a cabeça dela. Mariza não resistiu e morreu no local.

O crime foi cometido por meio cruel, visto que o denunciado DIEGO PIRES DE SOUZA efetuou inúmeros golpes de pá contra a cabeça da vítima MARIZA PIRES, quebrando o seu nariz, fraturando o crânio na região traseira e causou lesões contusas na face da vítima MARIZA PIRES”, diz trecho da denúncia.

‘Muito desobediente’

O caçula dos cinco filhos de Mariza contou ao Midiamax que o réu, Diego Pires de Souza, era um filho muito desobediente. Alfredo morava na residência com a mãe e o irmão.

“Ele [Diego] era muito desobediente, não respeitava, não ajudava em casa. Algumas vezes, ele foi mandado embora de casa, e ela [mãe] o deixou voltar. Mas acredito que, por conta disso, foi acumulando raiva dela”, comentou.

Casa onde Mariza foi assassinada na noite de 27 de dezembro. (Foto: Helder Carvalho, Midiamax)

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