A Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram na manhã desta quinta-feira (14) a operação Contra-ataque III, com o objetivo de combater os crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A ação resultou na apreensão de bens e objetos avaliados em cerca de R$ 10 milhões.
Entre os principais itens apreendidos durante a operação, a força-tarefa destacou que 24 veículos, incluindo caminhões, reboques, jet-ski e veículos de alto valor foram retidos.
Além disso, foram apreendidas 10 armas de fogo e munições; 4 cavalos de raça; 6 celulares e 4 computadores; 1 colar e 6 relógios de pulso; dinheiro em espécie também foi apreendido, no valor de R$ 9.150,00. Ao todo, três imóveis foram objeto de sequestro judicial.
De MG para MS
A operação é derivada da análise de materiais apreendidos em investigação anterior, realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado, que identificou uma Organização Criminosa especializada em comercializar armas e drogas no Triângulo Mineiro. Após a identificação de que os fornecedores estariam localizados em Campo Grande/MS, a investigação foi expandida para o Mato Grosso do Sul.
Através das análises bancárias e fiscais dos envolvidos, foi constatado um grande esquema de logística e lavagem de dinheiro. Para a entrega dos entorpecentes, empresas ligadas aos criminosos emitiam notas fiscais de mercadorias agrícolas para ocultar as drogas. Já para o recebimento dos valores ilícitos, as transações bancárias eram realizadas através de contas de empresas e de parentes, que não possuíam lastro fiscal para justificar as substanciais movimentações financeiras. Para disfarçar a origem dos recursos, foram realizados investimentos em outras atividades econômicas, como a comercialização e manutenção de veículos.
Por decisão da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, foram cumpridos 4 mandados de prisão, 12 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e em Jaraguari, Mato Grosso do Sul, além do sequestro de valores e de bens imóveis. No total, quatro pessoas foram presas.
Participaram da operação 5 Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, 9 Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil e 60 Policiais Federais. Os responsáveis poderão responder pelos crimes de tráfico de droga e de lavagem de dinheiro.