Quarto feminicídio em MS: mulher de 26 anos é morta a tiros pelo companheiro
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A empresária Mirielle Santos, de 26 anos, foi morta a tiros neste sábado (22), em Água Clara, a 192 quilômetros de Campo Grande. O suspeito do crime seria namorado da vítima. O caso foi confirmado pela Polícia Militar do município.
Conforme o boletim de ocorrência, o irmão da vítima disse que estava na casa do suspeito quando Mirielle chegou ao local. O casal começou a discutir e entrou em um quarto. Em seguida as testemunhas ouviram barulhos de disparos de arma de fogo.
Segundo as informações, o irmão da vítima entrou na casa e encontrou Mirielle ferida.
Ele contou ainda que levou a irmã para o carro do suspeito e eles seguiram para o hospital.
Depois de deixar o cunhado e a namorada na unidade hospitalar, o suspeito fugiu. Em diligências na casa do autor, policiais encontraram um pote plástico com várias munições de calibre .22 intactas.
No quarto, onde ocorreu o crime, foi encontrado um revolver calibre .38 municiado com seis cartuchos, sendo três deflagrados e os demais intactos.
Equipes da Polícia Militar e Polícia Civil fazem diligências em busca do autor. O carro do suspeito, uma caminhonete, foi abandonada no hospital.
Até o momento não há mais detalhes sobre o caso, que é o quarto feminicídio registrado em Mato Grosso dom Sul, em 2025.
Vítimas de feminicídio em 2025
- Feminicídio de Karina
Karina Corim, ferida a tiros na cabeça pelo ex-marido, morreu no Hospital da Vida, em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, na madrugada do dia 4 deste mês. A amiga de Karina, Aline Rodrigues, de 30 anos, também morreu. Este foi o 1º feminicídio de 2025 no Estado.
A mulher estava internada no hospital desde o fim de semana depois de Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos, ir até o estabelecimento onde estava Karina e atirar contra ela e a amiga, em Caarapó, cidade a 276 quilômetros de Campo Grande.
Renan ainda colocou fogo na loja e depois atirou contra a própria cabeça, morrendo no local. Ele usou a arma do pai, que é policial militar, para cometer o crime. Renan não aceitava o fim do relacionamento.
- Feminicídio de Vanessa
A jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, servidora pública que trabalhava no MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul) morreu na Santa Casa de Campo Grande na noite do dia 12 deste mês, vítima de feminicídio.
Ela foi esfaqueada em casa, no bairro São Francisco, pelo companheiro, o músico Caio Nascimento, que foi preso em flagrante logo após o crime. Vanessa foi esfaqueada três vezes na região do tórax e depois levada em estado gravíssimo à Santa Casa, onde veio a óbito.
- Juliana Domingues
A vítima morava na comunidade indígena Nhu Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande, foi assassinada a golpes de facão, às margens da rodovia BR-163, na noite desta terça-feira (18).
Juliana foi assassinada após uma discussão com o companheiro, Wilson Garcia, d e28 anos. O crime aconteceu na frente do filho da vítima, um menino de apenas 8 anos.
Wilson fugiu logo após o crime para a aldeia Teykuê, em Caarapó, onde passou a madrugada. Ele foi preso na madrugada de quarta-feira (19) por equipes do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil, com apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal), que disponibilizou um helicóptero para as buscas.
Matéria editada às 10h18 para acréscimo de informações.