Francisco Batista do Nascimento, de 34 anos, integrante do PCC, morto em confronto com policiais militares do Choque, nesta sexta-feira (15), em Coxim, possui extensa ficha policial. De acordo com a polícia, durante a Operação Integrar II, equipe do Batalhão de Choque atuou nas cidades de Sonora e Pedro Gomes para o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Ainda segundo a polícia, a ação teve como alvo, um integrante da organização criminosa paulista que possuía mandado de prisão em aberto.
Ele é apontado como responsável por articular e planejar homicídios contra membros de facções rivais. Após sua prisão, o autor relatou à equipe policial que recebia ordens de um homem, conhecido como “Tio Chico” e “Kamikaze”, que exerce função de sintonia regional da área norte do Estado. Ele disse que recebeu ordens para alugar uma casa que servisse de esconderijo para atiradores responsáveis por futuras execuções de membros da facção rival. Relatou ainda ser o responsável pelo transporte de armamentos da cidade de Coxim até Sonora.
O autor também indicou um endereço em Coxim onde poderiam estar escondidas as armas. Com as informações, a guarnição foi ao endereço. Lá, os agentes visualizaram Francisco, em frente à residência com uma arma na cintura. Ao perceber a aproximação policial, fugiu em direção ao interior do imóvel. Diante da situação, a equipe entrou na casa, verbalizando para que o autor colocasse as mãos na cabeça, ordem que não foi acatada.
Em determinado momento, o autor efetuou um disparo contra a equipe policial, momento em que foi baleado. O autor chegou a ser socorrido, mas veio a óbito. A perícia constatou que a arma de fogo utilizada pelo autor era um revólver calibre .357, com cinco munições, sendo duas deflagradas. Também foram também apreendidas porções de maconha com o homem de 34 anos.
Ele tem passagens por roubo, sequestro relâmpago, tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo, lesão corporal e diversas ocorrências por tráfico de drogas. De acordo com a polícia, considerado violento, Francisco, demonstrava comportamento agressivo tanto nas ruas quanto dentro do sistema prisional.
Sua primeira passagem pela polícia ocorreu ainda na adolescência. Em 2013, chegou a ameaçar o próprio irmão com um revólver calibre .38.
Além de integrar uma facção criminosa, atuava no recrutamento de novos membros e exercia a função de coordenador dos chamados “disciplinas de rua”, participando diretamente de “julgamentos” contra integrantes de facções rivais.
Já havia sido preso anteriormente e, mesmo dentro do sistema prisional, tentou, junto a outros detentos, matar um preso pertencente a uma facção rival.