Airton Barbosa Louriano, de 48 anos, preso pela morte de Jean Carlos Rvelo Marchan, em Sidrolândia, a 57 quilômetros de Campo Grande, alegou legítima defesa e negou que tenha ocorrido uma briga por cerveja. Jean foi morto com uma facada na barriga na madrugada desse domingo (28).
O suspeito foi preso pela Força Tática da PM (Polícia Militar) em casa, no bairro Jardim Paraíso, horas depois do crime. Quando preso, Airton alegou que o crime aconteceu porque tentaram agredir ele e sua esposa, grávida de quatro a cinco meses.
“Tentaram agredir eu e minha esposa, que está grávida, e aconteceu. A maioria deles são venezuelanos, acho que tem uma boca de fumo lá. Não conhecia, mas pela voz, eu soube que é venezuelano”, falou.
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À polícia, um amigo de Jean disse que os dois estavam em casa durante a madrugada, quando um desconhecido passou e pediu uma lata de cerveja. A dupla teria negado, momento em que o autor pegou a faca e desferiu um golpe contra o amigo. Para defender, Jean interviu e acabou atingido na barriga.
No entanto, ao ser questionado sobre o pedido de cerveja, Airton negou. “Cerveja não. Não pedi nada não, eles mexeram com ela [esposa]”, alegou.
Ainda na viatura policial, o autor foi questionado se estaria arrependido, momento em que respondeu que se arrependeu de ter passado pela rua onde tudo aconteceu. “Arrependido estou de ter saído daqui, pois estávamos na praça e tivemos que descer por lá, não sei porque”, afirmou.
Por fim, Airton disse aos militares que a faca usada no assassinato estava dentro de uma bolsa que ele carregava.
Assassinato
Conforme informações do boletim de ocorrência, Jean e seu amigo, de 39 anos, estavam em casa, quando por volta da 1h, um homem desconhecido passou e pediu uma lata de cerveja. Os amigos teriam negado, momento em que o autor pegou uma faca e desferiu um golpe contra o amigo, acertando o supercílio do homem.
Em seguida, Jean foi atingido por uma perfuração na região da barriga ao tentar proteger o amigo. Vizinhos socorrem as vítimas e encaminhar ao hospital. Jean deu entrada em estado crítico e sem consciência, mas não resistiu e morreu.
O corpo de Jean foi encaminhado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).
Autor foi absolvido por feminicídio por falta de provas
Em maio deste ano, Airton foi absolvido pelo feminicídio de Luciene Braga Morale, também em Sidrolândia. Luciene morreu após ser espancada no dia 3 de janeiro de 2024. Na época, ela deu entrada no Hospital Elmíria Silvério Barbosa sem sinais vitais e com rigidez cadavérica.
Após a prisão em flagrante, Airton foi submetido ao Tribunal do Júri, em Sidrolândia, e absolvido por falta de provas. Durante o julgamento, a defesa argumentou que havia inexistência de provas que ligassem o cliente diretamente ao feminicídio.
Aos jurados, a defesa de Airton argumentou que além do acusado ter sido responsável por socorrer Luciene e levá-la ao hospital, informou à polícia sobre os fatos, alegando que seriam condutas incompatíveis com a intenção de matar.
Após a argumentação dos advogados, o Conselho de Sentença acolheu a tese subsidiária da desistência voluntária e entendeu que, ao socorrer a vítima, Airton demonstrou não ter intenção homicida. Assim, ele foi absolvido.
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