Airton Barbosa Louriano, acusado de matar Luciene Braga Morale, em Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande, foi absolvido pelo Tribunal do Júri, na última quarta-feira (7). Ele era acusado de matar a esposa enforcada no dia 3 de janeiro do ano passado.
Durante o julgamento, a defesa de Airton argumentou que havia inexistência de provas que ligassem o cliente diretamente ao feminicídio. Também, argumentou que além do acusado ter sido responsável por socorrer Luciene e levá-la ao hospital, informou à polícia sobre os fatos, alegando que seriam condutas incompatíveis com a intenção de matar.
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Conforme publicado pelo site local, O Garantista, também não foram encontrados vestígios de luta corporal ou objetos, como barra de ferro, na residência onde o casal morava. Além da inexistência das provas, a defesa argumentou que as lesões indicavam a ação de mais de uma pessoa e a imobilização de Luciene.
Durante o julgamento, a defesa de Airton demonstrou que os ferimentos encontrados nas mãos dele após a morte de Luciene eram antigos, conforme registros de atendimentos do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) meses antes.
Após a argumentação dos advogados, o Conselho de Sentença acolheu a tese subsidiária da desistência voluntária e entendeu que, ao socorrer a vítima, Airton demonstrou não ter intenção homicida. Assim, ele foi absolvido.
Morte de Luciene
Vítima de espancamento, Luciene deu entrada no Hospital Elmíria Silvério Barbosa, na manhã do dia 3 de janeiro de 2024, já morta. O médico que atendeu a mulher relatou que ela já chegou na unidade sem sinais vitais e com rigidez cadavérica. A Polícia Civil foi acionada e iniciou as investigações.
Testemunhas foram identificadas, assim como o suspeito. A equipe realizou diligências em busca dele e o localizou, sendo encaminhado para a delegacia onde foi preso em flagrante.
A vítima já tinha outros boletins de ocorrência e até uma medida protetiva de urgência contra o marido em vigência, segundo informou a delegada Bárbara Fachetti na época do crime, em janeiro do ano passado.
Luciene estaria envolvida em assassinato em 2021
Justino Morale, de 65 anos, foi morto a golpes de martelo e teve seu corpo enterrado no quintal da residência em que morava no bairro São Bento, em Sidrolândia, em 2021. Luciene estaria envolvida no assassinato juntamente com um comparsa, de 36 anos. Os dois foram presos, porém, no dia 1º de agosto, Luciene teve prisão preventiva decretada e o comparsa ganhou liberdade.
Quando aconteceu o crime, um grupo consumia bebidas alcoólicas no imóvel em Sidrolândia, oportunidade em que Justino e o pai de Luciene se desentenderam. Justino teria se armado com uma faca e avançado contra o homem.
Para defender o pai das agressões, a mulher teria atacado Justino com vários golpes de martelo na cabeça, matando-o. Com ajuda do homem de 36 anos, cavaram uma cova e enterraram o corpo.
O caso só foi descoberto porque outros parentes de Justino passaram a questionar Luciene sobre o desaparecimento dele, mas ela sempre alegava que o mesmo tinha saído para ir trabalhar em uma propriedade rural.
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