Um policial penal alvo da operação Bloodworm, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), e outros 72 integrantes da organização criminosa da facção Comando Vermelho foram condenados a penas que somam 428 anos de prisão.
Também foram condenados a multas superiores a 10 mil dias-multa, equivalentes a mais de meio milhão de reais. Na sessão da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, no dia 24 de abril, os desembargadores decidiram manter as condenações de cinco envolvidos no esquema, pelos crimes de corrupção passiva e ativa, além de organização criminosa.
Conforme a decisão, três integrantes da facção criminosa Comando Vermelho, que cumpriam pena, ainda davam ordens para execução de crimes. Uma mulher atuava como espécie de recrutadora de novos filiados da organização do lado de fora da cadeia, no Mato Grosso.
Um policial penal foi alvo da ação por acobertar e facilitar o esquema; além de um advogado, responsável por usar as prerrogativas da posição a serviço dos faccionados, atuando como “gravata”.
Operação “Bloodworm”
A operação “Bloodworm” foi deflagrada no dia 5 de maio de 2023, quando cumpriu 92 mandados de prisão preventiva e 38 de busca e apreensão em várias cidades, incluindo Campo Grande e outras cidades em Mato Grosso do Sul, além de estados como Rio de Janeiro, Goiás e Mato Grosso. A ação foi para combater a expansão do Comando Vermelho que vinha crescendo no Estado com a conivência de policiais penais e advogados corrompidos, facilitando a comunicação entre presos e comparsas em liberdade para planejar crimes.
Revelou-se a estruturação do Comando Vermelho em Mato Grosso do Sul, como uma rota estratégica para o tráfico de drogas e armas devido à sua localização geográfica. A operação contou com o apoio de diversas equipes de segurança e inteligência de outros estados.
O nome “Bloodworm” faz referência a um verme conhecido por sua ferocidade e resistência, características semelhantes às ações da organização criminosa atacada.
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