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Polícia

Policial e membros de quadrilha que usavam viaturas para transportar drogas são condenados a 145 anos 

16 membros da organização foram condenados e três absolvidos
Thatiana Melo -
(Reprodução processo)

Os membros da quadrilha que usavam viaturas para transportar drogas de para Campo Grande, foram condenados em um total de 145 anos de prisão. Três foram absolvidos. 21 foram denunciados pelo MPMS (Ministério Público Estadual). 

O policial Hugo Cesar Benites foi condenado a 13 anos de prisão. Já os empresários, Luiz Paulo da Silva e Joesley da Rosa foram condenados a 23 anos e 18 meses de prisão. Ademilson Palombo foi condenado a 6 anos e 15 meses de prisão.

Eric do Nascimento Marques foi condenado a 12 anos e 3 meses de prisão, enquanto Douglas Lima de Oliveira teve pena fixada em 5 anos e 3 meses de prisão. Já Fernando Henrique Souza teve pena de 4 anos e 1 mês de prisão.

Foram absolvidos Darli de Oliveira, Natoni Lima de Oliveira e Welington Souza de Lima. 

Denúncia contra 21 alvos da operação

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), denunciou 21 pessoas por envolvimento em uma quadrilha que usava viaturas policiais para transportar cocaína em todo o Brasil. A denúncia foi oferecida em janeiro deste ano. 

Segundo a denúncia, a organização contava com uma extensa rede logística de transporte com base na Capital sul-mato-grossense. O intuito era escoar a droga de Ponta Porã, na com o , para outros estados do Brasil, especialmente São Paulo. 

“O transporte era, em regra, feito em compartimentos ocultos de caminhões frigoríficos (‘mocós’), dada a maior dificuldade de fiscalização policial, já que junto à carga ilícita vinham cargas perecíveis. A organização criminosa providenciava a inserção da droga em um compartimento previamente preparado e, então, carregava o caminhão com o material perecível que seria licitamente transportado, após o que o baú refrigerado era lacrado”, diz trecho da denúncia. 

Já para mascarar os verdadeiros donos dos veículos e serem discretos em eventual fiscalização da polícia, o grupo promovia a transferência de propriedade dos veículos para os motoristas e empresas que eram usadas no esquema.

Operação Snow

Após as investigações, a Justiça expediu 21 mandados de prisão preventiva e 32 de busca e apreensão pela 5ª Vara Criminal de Campo Grande. 

E em março do ano passado, foi deflagrada a primeira fase da Operação Snow para que os mandados fossem cumpridos. Na ocasião, Rodney Gonçalves Medina, Ademar Almeida Ribas e Joesley da Rosa foram presos. 

Com a análise, ficou demonstrado que o grupo é especializado no tráfico de drogas e integrado por 19 pessoas, as quais foram denunciadas após a segunda fase da operação.

Defesa insiste, mas MPMS nega liberdade de ‘financiador’ do tráfico preso

A defesa de Emerson Correa, apontado como financiador da organização criminosa, insistiu, mas o MPMS negou a liberdade provisória. O pedido de revogação da prisão preventiva do investigado foi feito pelo time de advogados Márcio de Campos Widal, Nayara Andrade Neves, Vinicius Chita de Assis, Karoline Vieira de Macedo e Alexandre Franzoloso.

No pedido consta que Emerson é investigado por suposto financiamento do tráfico de drogas da organização criminosa. Porém, a defesa alega que o envolvimento com o tráfico seria pelo fato do cliente ser réu em um homicídio qualificado, visto que a motivação para o assassinato teria ocorrido por conta de um desacerto na venda de drogas. 

Segunda fase da Operação Snow

A Operação ‘Snow’, na sua segunda fase, deflagrada no dia 15 de janeiro, cumpriu, além dos 9 mandados de prisão temporária, outros 19 de busca e apreensão. As ações ocorrem em Campo Grande, , Ponta Porã e Piratininga, em São Paulo. Entre os alvos estão advogados e policial civil.

Equipes do Batalhão de Choque e o Batalhão de Operações Policiais Especiais, prestaram apoio operacional ao Gaeco. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a Corregedoria da Polícia Civil também acompanharam as diligências.

A primeira fase da operação aconteceu em março de 2024 a partir da análise do material apreendido, especialmente telefones celulares, revelou que ao menos outras 17 pessoas integram a organização criminosa, alvo dos trabalhos, entre os quais advogados e policial civil.

O líder da organização criminosa monitorava investidas da polícia e cooptava servidores públicos corruptos, o que era feito por meio de advogados.

Os advogados, além da prestação de serviços jurídicos, cooptava agentes públicos para conseguir informações privilegiadas e monitoramento das cargas de drogas, além de serem conselheiros de outros assuntos sensíveis da organização.

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