O policial do Batalhão de Choque, Fábio André Hoffmeister Ramires, preso durante a deflagração da operação nesta terça-feira (9), pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em Terenos, foi transferido por ‘inconveniência’.
A transferência foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (10), um dia depois da operação, que teve também como alvo o prefeito de Terenos, Henrique Budke (PSDB).
“Transferir, por inconveniência da permanência na OPM, o 3º SGT QPPM FABIO ANDRE HOFFMEISTER RAMIRES, do BPMChoque / CPE / Campo Grande-MS, para o Comando-Geral / Diretoria de Gestão do Presidio Militar Estadual (DGPME) / Campo Grande-MS, com base no inciso III, art 20 do Decreto 1.093/81.”.
A decisão foi assinada pela subcomandante Neyde Nunes Barbosa Centurião. A prisão do sargento se deu por mandado de prisão preventiva assinado pelo desembargador Jairo Roberto de Quadros. A acusação é financiar, constituir ou integrar organização criminosa.
Conforme informações públicas oficiais, Fábio entrou nos quadros da PM como aluno-bolsista, em outubro de 2008. Atualmente, tem remuneração de R$ 9.319,13, conforme o Portal Transparência do Governo de MS.
Na ação, o prefeito Henrique Budke (PSDB) foi preso, apontado como o chefe da organização criminosa. No total, foram cumpridos 16 mandados de prisão. Segundo as investigações, o esquema envolveu fraudes que superam os R$ 15 milhões.
Entre os presos, estão: Arnaldo Santiago, Sansão Inácio Rezende, Nadia Mendonça Lopes, Orlei Figueiredo Lopes, Genilton da Silva Moreira, Eduardo Schoier, Fernando Seiji Alves Kurose, Henrique Wancura Budke, Hander Luiz Corrêa Chaves, Fábio André Hoffmeister Ramires, Sandro José Bortoloto e Valdecir Batista Alves.
Ligação com Terenos
Antes de ingressar nos quadros da PM, Hoffmeister já tinha afinidade com obras. Em 2007, chegou a trabalhar como ‘mestre’ na Belter Construções Ltda. Inclusive, naquela época, também representava a empresa em contratos públicos.
As ligações com Terenos se aprofundam a partir de sua esposa, Jucelia, que afirma em suas redes sociais ser natural da cidade do interior.
Datada de 1993, a Tercam já teria tido sede em Terenos, mas foi transferida para Campo Grande depois. Consta nos dados da Receita Federal que a empreiteira recebeu aporte de R$ 300 mil do casal, o chamado capital social.
Mesmo lotado em Campo Grande, Fábio mantém ligações com o município centro do escândalo. Em outubro de 2022, o PM é iniciado na Grande Loja Maçônica de Mato Grosso do Sul, unidade de Terenos.
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