Uma mulher de 34 anos registrou um boletim de ocorrência na Corregedoria da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) após relatar que foi agredida e ameaçada por policiais, O fato ocorreu durante uma abordagem na rodovia MS-164, próximo ao trevo de Antônio João, na madrugada de sexta-feira (19).
Segundo o relato da vítima, o fato aconteceu por volta da 1h20 da madrugada, quando ela e sua irmã se deslocavam de Ponta Porã para Campo Grande. A mulher conta que seu uma viatura policial abordou o carro. No entanto, tal viatura estava sem identificação luminosa ou sonora e um militar atirou contra o pneu do veículo, forçando-o a parar.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, apenas um policial desceu da viatura e revistou o carro, enquanto os outros dois seguiram em perseguição a outro veículo. Eles retornaram cerca de 20 minutos depois. Na nova revista, um dos policiais teria perguntado quando celulares ela estava levando.
Agressões
Tendo entendido que a pergunta se tratava sobre quantos celulares havia na bolsa, a mulher respondeu que haviam cinco aparelhos. Ao continuar a busca, ele encontrou mais três aparelhos, em outra parte do veículo.
A vítima relatou que, nesse momento, o policial a chutou na região do estômago, a pegou pelo cabelo e gritou: “sua vagabunda, conta aqui quantos celulares têm”. E continuou: “isso é pra você aprender, que com a TOR não se brinca, que TOR é TOR, pra TOR não se mente”.
Segundo a denúncia, os policiais desferiram mais agressões, como socos na cabeça e na costela, e um chute nas costas da vítima. Ela conta que, por conta das agressões, sentiu “enjoo, ânsia de vômito e falta de ar”. No entanto, ouviu do policial que deveria “parar de drama” e de chorar.
Antes de ser liberada com a irmã, a vítima relata que um dos policiais pegou o celular da irmã e retirou o chip. Em seguida, ele tentou fazer o mesmo com o celular dela, mas não conseguiu por ser um chip virtual. “Vontade de quebrar esse telefone na sua cara”, teria ainda ameaçado.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, os policiais jogaram os oito celulares no chão. Depois, um deles mandou que elas contassem os aparelhos para “não sair falando que a gente é ladrão”. A vítima e sua irmã tiveram que ir embora do local com o pneu danificado.
Posicionamento da PMMS
Após questionamentos da reportagem do Jornal Midiamax sobre o caso, a PMMS afirmou em nota que a Corregedoria deve abrir um procedimentos de apuração.
“Em atenção à solicitação, a PMMS informa que as denúncias realizadas na Corregedoria da Polícia Militar, são abertos procedimentos para apuração, e até o encerramento das investigações, não é possível detalhar sobre o fato em questão.”
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