Além dos exames feitos após a exumação do corpo do bebê de 9 meses que morreu depois da aplicação de uma injeção em um hospital em Paranaíba, a 407 quilômetros de Campo Grande, a polícia aguarda pelas imagens de câmeras de segurança da unidade de saúde.
De acordo com o delegado regional, Lúcio Barros, a polícia vai examinar as imagens — que ainda não foram disponibilizadas pelo hospital — e os profissionais que estavam trabalhando no dia em que a bebê morreu começaram a ser ouvidos. Os exames necroscópicos devem ficar prontos em 40 dias.
Um exame toxicológico, que ajuda a encontrar substâncias tóxicas no corpo, está sendo realizado em Cuiabá pela Politec, além de um exame anatomopatológico, exame microscópico em tecidos humanos, usado para identificar doenças e ajudar a diferenciar causas naturais de causas externas, que está sendo feito em Campo Grande, segundo o site RCN 67.
A exumação também deixou a mãe da bebê aliviada, já que saberá as causas exatas da morte da filha em cerca de 40 dias, prazo dado para a conclusão dos laudos, segundo ela. “Agora estou mais tranquila, mas, ao mesmo tempo, ansiosa por esse resultado”, disse a mulher na época da exumação.
‘Minha filha morreu devido a uma injeção’
Durante entrevista ao Jornal Midiamax, a mulher afirmou que a bebê morreu devido a uma injeção aplicada. “A minha filha morreu de uma parada cardíaca decorrente de um medicamento que eles aplicaram nela. Então eu optei por não fazer o atestado de óbito dela, enquanto não mudasse aquilo, então fomos até a polícia orientadas pelo delegado para fazer a mudança desses papéis”, falou.
Ainda segundo o relato dela, não quiseram lhe dar o atestado de óbito. Quando esteve na Polícia Científica, ela comentou que foi informada de que não existe o exame específico em MS para ser realizado na bebê, mas ela exigiu que o corpo da filha fosse exumado para que a morte seja investigada.
“Eu vou buscar um advogado para pedir a exumação do corpo dela para poder fazer esse exame”, finalizou.
O Jornal Midiamax acionou a Coordenadoria-Geral de Perícias de Mato Grosso do Sul acerca dos fatos, na época e, em nota, foi informado que os trâmites para o laudo definitivo estão em elaboração. Confira a nota na íntegra:
“A Polícia Científica de Mato Grosso do Sul informa que o caso da bebê Maria Hellena, ocorrido em Paranaíba, está sob análise pericial. Foi emitida declaração de óbito para fins de possibilitar os trâmites para inumação, e o laudo definitivo da causa da morte ainda está em elaboração, aguardando resultados de exames laboratoriais realizados em Campo Grande.
A instituição atua com rigor técnico e isenção, e todos os exames cabíveis estão sendo conduzidos conforme os protocolos. Os laudos serão enviados à Polícia Civil para subsidiar a investigação. A Polícia Científica de MS se solidariza com a família e reafirma seu compromisso com a verdade dos fatos.”
Relembre o caso
No dia 29 de abril, a bebê foi levada ao hospital após tomar uma vacina da gripe e outra de nove meses. Isso porque ela teve bastante febre e a mãe decidiu levá-la para atendimento médico na ala de Pediatria da Santa Casa de Misericórdia.
Já no hospital, foram feitos exames e a bebê ficou em observação tomando dipirona na veia. Por volta das 18h30, ocorreu uma troca de plantão e a médica chamou a mãe para apresentar o resultado dos exames. Assim, a bebê continuou na sala de observação até as 20h30 e depois foi internada.
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