Inicialmente dado como morto pela Polícia Militar e Civil, um jovem de 24 anos sobreviveu a um atentado na Rua Antônio Bandeira com a Avenida Dr. Nasry Siufi, no Núcleo Habitacional Buriti, próximo ao local conhecido como “redondo do São Conrado”, em Campo Grande, na manhã deste sábado (23).
A madrasta do jovem, que era motorista de aplicativo e estava com o primo e irmã como passageiros, contestava a informação dada pela polícia. Ele realizou uma cirurgia, mas segue em estado gravíssimo na Santa Casa. O primo dele, de 35 anos, também foi socorrido em estado grave após ser atingido. O carro em que as vítimas estavam foi atingido por cerca de 14 tiros.
Sobre o equívoco inicial, o delegado que assinou o boletim de ocorrência, Felipe Rossato, declarou que a Polícia Civil foi acionada pelo Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança) e que as vítimas haviam sido encaminhadas ao hospital. Entretanto, declara que a Polícia Militar havia confirmado a morte do motorista.
Ainda, o delegado relata que o boletim havia sido confeccionado com a informação da PM, que havia chegado primeiro no local do crime. “A PM informou que receberam a informação do óbito, como vítima fatal, mas, em contato com a Santa Casa, nos informaram sobre a cirurgia. Vamos complementar nosso BO [boletim de ocorrência] e alterar a situação de homicídio para tentativa de homicídio”.
Crime
Moradores do Jardim São Conrado relatam o pânico que passaram durante o atentado. O jovem seria motorista de aplicativo e teria ido buscar a irmã em uma casa noturna, localizada no cruzamento.
No veículo que o jovem dirigia, um HB20 de cor branca, também estava no banco do passageiro o primo dele, um homem de 35 anos, interno do regime semiaberto, que foi atingido pelos disparos. No banco traseiro, estavam três jovens, com idades entre 20 e 23 anos.
Testemunhas informaram ao Jornal Midiamax que uma caminhonete de cor preta se aproximou do HB20 e realizou vários disparos de arma de fogo. O baleado, mesmo ferido, chegou a buscar ajuda em uma residência.
“O carro branco parou e uma caminhonete encostou do lado. O carona descarregou a pistola e depois saíram tranquilos. Quando vi, pensei que era brincadeira, mas os outros ocupantes do automóvel saíram gritando e vi que a coisa era feia”, disse uma testemunha.
Outro popular, que também preferiu não se identificar, com medo de represálias, contou que o homem baleado invadiu um imóvel gritando por socorro.
“Eu [o] escutei gritando por ajuda. Ele desceu do carro e entrou em uma casa pedindo socorro. O homem se escondeu atrás de um muro. Pedia ajuda e também para chamar a polícia”, relatou.
O carro que dirigia foi atingido por 14 tiros. A polícia esteve no local, e a perícia foi acionada para realizar os levantamentos de praxe. O caso segue sendo investigado.
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