O policial militar Guilherme Santos Farias, que atirou em um cliente de um bar, no bairro Santo Antônio, em Campo Grande, em março de 2024, foi condenado pela Justiça. A condenação foi publicada no dia 28 de fevereiro.
Guilherme foi condenado a 5 anos e 2 meses no regime semiaberto, além de pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10 mil. “O acusado não registra antecedentes, contudo a culpabilidade é reprovável (dolo intenso), vez que, sendo policial militar, de quem se espera conduta diversa e se nutri confiança principalmente por aqueles que se encontravam confraternizando naquele ambiente, desferiu disparo de pistola à curta distância na vítima, o que demonstrou um maior desvalor em sua conduta e no resultado.”, diz a sentença.
“Quanto ao status libertatis, poderá continuar a responder o processo em liberdade, pois assim permaneceu desde que foi agraciado com a revogação de sua prisão em HC concedido pelo TJMS, devendo continuar a cumprir as medida cautelares.”, disse o magistrado Aluisio Pereira dos Santos, em sua decisão.
Confusão no bar que acabou em tiros
O militar que deu o tiro no cliente do bar estava com mais quatro amigos confraternizando por volta das 21 horas. Conforme o soldado, ocorreu um desentendimento com o cliente de uma mesa próxima que estava acompanhado de uma mulher.
Assim, durante o desentendimento, a vítima parte para cima de um dos amigos do grupo, dando um soco em seu rosto. É neste momento que os outros homens se levantam. O cliente acaba caindo no chão, se levanta em seguida e parte para cima do grupo. O soldado, então, entra no meio da briga para tentar separar o grupo, segundo seu relato.
Mas, a mulher que estava acompanhando a vítima entrou no meio da confusão e tentou retirar a arma que estava com o soldado. Nesse momento, ocorreu o disparo que acertou o tórax da vítima, que foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada para a Santa Casa.
A mulher disse aos policiais que atenderam ao chamado que tentou entrar no meio para separar a briga porque estava muito nervosa.
A pistola do soldado foi apreendida e ele preso, sendo levado para a delegacia. Já que, segundo a delegada, ao verificar as câmeras de segurança, concluiu que não houve legítima defesa.