A ameaça de bomba no Terminal Morenão, na Vila Progresso, em Campo Grande, na tarde dessa quarta-feira (8) gerou preocupação entre os passageiros do transporte coletivo. O artefato foi deixado por homem barbudo com máscara, que foi flagrado por testemunhas.
A ação mobilizou equipes do Bope (Batalhão de Operações Especiais), PM (Polícia Militar) e GCM (Guarda Civil Metropolitana) no terminal, que precisou ser isolado em plena luz do dia.
Na manhã desta quinta-feira (9), usuários do transporte coletivo comentaram que temem pela segurança e, por isso, opinam que falta um reforço. “Tem que colocar segurança. Fico com medo agora, pois está acontecendo muita tragédia, violência, então, tem que ter uma segurança maior no terminal”, pontuou a aposentada Alda Martins ao Jornal Midiamax.
O promotor de vendas, Marcos Adriano, contou que a situação provocou um atraso no Terminal Morenão, já que o local precisou ser interditado para os trabalhos policiais durante 1h30. Ele também pede reforço na segurança.
“É uma situação complicada, porque atrasou todo mundo aqui no terminal, uma situação desconfortável. Também, acho que há uma falta de guardas aqui no terminal para essas situações, porque atrasa todos que estão trabalhando”, disse à reportagem.

Já o gerente Andre de Souza comentou que foi uma situação inusitada. “Fiquei sabendo hoje. É [uma situação] inusitada aqui para Campo Grande. Nós nunca vimos isso aqui, mas espero que não aconteça mais”.
Bomba no Terminal Morenão
Um homem usando máscara cirúrgica abandonou, na tarde dessa quarta-feira (8), duas sacolas com supostas bombas no Terminal Morenão, em Campo Grande. Os pacotes continham ameaças e mensagens relacionadas ao comunismo, deixando passageiros e trabalhadores em alerta.
O esquadrão antibomba da PM foi acionado para analisar os artefatos, em uma operação que durou cerca de 1h30 e interditou o terminal, causando transtornos no transporte público. Foi descoberto, após desarmar a bomba, que havia pedaços de azulejo nela, para causar maior poder de destruição caso ela fosse acionada.
Os policiais chegaram ao local por volta das 16h e isolaram a área com apoio do Bope, Polícia Civil e da GCM. Os técnicos do esquadrão antibomba vestiram trajes especiais para analisar os artefatos e decidiram utilizar um canhão disruptor, um jato d’água de alta pressão que desarma explosivos sem os detonar.
Segundo o comandante da operação, a escolha do método foi feita após a avaliação de que não havia risco de explosão imediata. “Se fosse um artefato mais complexo, removeríamos para um local seguro e o detonaríamos”, explicou. Após o procedimento, foi descoberto que as bombas caseiras continham cacos de azulejo, o que aumentaria seu poder de destruição.
Enquanto a operação ocorria, os ônibus foram desviados para a Avenida Costa e Silva, que serviu como ponto de transbordo provisório. Passageiros foram orientados a aguardar do lado de fora do terminal, mas muitos motoristas, sem conhecimento da ameaça, tentaram acessar o local, gerando tumulto. Fiscais trabalharam para organizar o fluxo de veículos e pessoas durante a interdição.
A Polícia Civil já iniciou as investigações para identificar o homem barbudo que abandonou as sacolas. Até o momento, não há informações sobre motivações ou possíveis ligações do suspeito com grupos extremistas.
As mensagens políticas deixadas nos pacotes foram analisadas pelo Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros). Após a confirmação de que não havia mais riscos, o terminal foi liberado.
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