Homem, de 46 anos, foi preso por maus-tratos após agredir o enteado — uma criança de 6 anos — no bairro Parque do Lageado, em Campo Grande, na tarde desse domingo (5).
A PM (Polícia Militar) foi acionada após a companheira do suspeito informar que ela e o filho, portador de necessidades especiais, foram agredidos. Na ocasião, ela estava escondida em um quarto da residência.
Assim, os policiais adentraram o imóvel e encontraram o suspeito. Quando chamaram pela mulher, os policiais não foram atendidos. Então, foram feitas buscas dentro da casa, momento em que a mulher e seus filhos foram encontrados em um dos quartos, com a porta trancada pelo lado de fora.
À polícia, o suspeito alegou que o casal discutiu e que ele teria trancado a porta para que a companheira e as crianças pudessem dormir. Diante da situação, ele foi encaminhado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), juntamente com a companheira, para relatarem os fatos.
Padrasto alegou que pretendia corrigir enteado
Na especializada, a mulher relatou que possui um relacionamento com o autor há aproximadamente quatro anos e que o casal não possui filhos em comum. Ela explicou que tem dois filhos de outro relacionamento, sendo que um deles tem 6 anos e é portador de necessidades.
Segundo o boletim de ocorrência, a mulher relatou que estava dormindo em sua cama com o seu filho, quando o menino desceu para ir ao banheiro. Então, ela voltou a dormir, mas logo acordou com barulhos na casa, momento em que a outra filha afirmou que o padrasto havia agredido o menino.
Na ocasião, o menino foi agredido com um tapa no peito e o padrasto justificou que o menor teria desobedecido, pois pretendia corrigi-lo. Ainda conforme o relato da companheira do autor, ela é ameaçada com frequência. Na Deam, ela pediu medidas protetivas de urgência contra o companheiro.
O padrasto foi preso por maus-tratos qualificado contra a criança e ameaça em relação a companheira.
📍 Onde buscar ajuda em MS
Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá, 24 horas por dia, inclusive aos fins de semana.
Além da Deam, funcionam na Casa da Mulher Brasileira a Defensoria Pública; o Ministério Público; a Vara Judicial de Medidas Protetivas; atendimento social e psicológico; alojamento; espaço de cuidado das crianças – brinquedoteca; Patrulha Maria da Penha; e Guarda Municipal. É possível ligar para 153.
☎️ Existem ainda dois números para contato: 180, que garante o anonimato de quem liga, e o 190. Importante lembrar que a Central de Atendimento à Mulher – 180 é um canal de atendimento telefônico, com foco no acolhimento, na orientação e no encaminhamento para os diversos serviços da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres em todo o Brasil, mas não serve para emergências.
As ligações para o número 180 podem ser feitas por telefone móvel ou fixo, particular ou público. O serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os fins de semana e feriados, já que a violência contra a mulher é um problema sério no Brasil.
Já no Promuse, o número de telefone para ligações e mensagens via WhatsApp é o (67) 99180-0542.
📍 Confira a localização das DAMs, no interior, clicando aqui. Elas estão localizadas nos municípios de Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.
⚠️ Quando a Polícia Civil atua com deszelo, má vontade ou comete erros, é possível denunciar diretamente na Corregedoria da Polícia Civil de MS pelo telefone: (67) 3314-1896 ou no GACEP (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), do MPMS, pelos telefones (67) 3316-2836, (67) 3316-2837 e (67) 9321-3931.
