Um Tenente-Coronel do Exército paraguaio, identificado Guillermo Alício Moral Centurion, foi assassinado a tiros na tarde desta quinta-feira (2) em Assunção, em um crime que abalou as estruturas militares e políticas do país. O oficial, que foi ex-diretor da prisão militar de Viñas Cué, foi alvejado em frente à Faculdade de Direito da Universidade Nacional de Assunção.
As investigações sugerem que o crime pode estar ligado à sua recusa em aceitar um suborno para beneficiar o narcotraficante Miguel Ángel Insfrán, conhecido como “Tío Rico”, e a um depoimento que deu contra um superior.
De acordo com as autoridades militares, não havia registro de ameaças contra Centurion, e por isso, ele não possuía escolta pessoal.
O General César Moreno, comandante das Forças Armadas, confirmou em coletiva de imprensa que o tenente-coronel nunca solicitou proteção e que não havia um protocolo específico para lidar com tais situações.
A principal linha de investigação aponta que Moral teria recusado uma tentativa de suborno de G. 10.000.000 para permitir a entrada de um celular na cela de “Tío Rico”, durante o período em que o narcotraficante esteve detido em Viñas Cué. Além disso, Centurion havia recentemente deposto como testemunha contra um superior em um caso relacionado.
Segundo o subchefe do Departamento de Homicídios, Comissário David Delgado, o veículo da vítima foi atingido por três disparos, sendo que um deles, na região do ombro, foi fatal. A polícia suspeita que a arma usada tenha sido um revólver.
As investigações também apuram um ataque anterior sofrido por Centurion há cerca de um ano, que foi relatado como intimidação e perseguição, para verificar uma possível conexão com o assassinato.
O Ministro da Defesa, Óscar González, condenou veementemente o ato, classificando-o como um ataque do crime organizado contra o Estado paraguaio, e garantiu total cooperação para o rápido esclarecimento do caso.
As autoridades estão agora coordenando com a Polícia Nacional ações para garantir a proteção de outros militares que trabalharam na prisão de Viñas Cué durante a detenção de “Tío Rico”.
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(Revisão: Bianca Iglesias)