Amigos lamentaram nas redes sociais a morte de Dayane Garcia, de 27 anos, a 25ª vítima de feminicídio de 2025 em Mato Grosso do Sul. Moradora de Nova Alvorada do Sul — município da região sul do Estado —, ela morreu na quarta-feira (3) após 77 dias internada.
“Hoje você foi morar com Deus, que Ele console os corações enlutados. Você foi uma guerreira. Descanse em paz”, escreveu uma amiga da família.
“Lutou incansavelmente pela vida. Meus sentimentos a todos familiares nesse momento de grande perda. Descanse em paz, minha amiga”, publicou outro.
A prefeitura da cidade divulgou nota de pesar. “Neste momento de dor, nos solidarizamos com familiares e amigos, prestando nossas condolências e reafirmando o compromisso da administração municipal no combate à violência contra a mulher”, diz a nota.
No mesmo sentido, a Câmara Municipal também lamentou. “Reforçamos que não podemos tolerar tamanha violência. Que sua memória nos mobilize em prol de um futuro mais justo e seguro para todas as mulheres”, diz o comunicado.
Dayane, de Nova Alvorada do Sul, é a 25ª vítima de feminicídio de 2025 em MS
Dayane Garcia morreu na noite de quarta-feira na Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande após ficar 77 dias internada ao ser ferida a tiros pelo ex-marido Eberson da Silva, de 31 anos, que atentou contra a própria vida, em Nova Alvorada do Sul, município da região sul do Estado, a 102 km da Capital.
Dayane é a 25ª vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul. O crime ocorreu na noite do dia 18 de junho. Ela estava na Santa Casa e familiares chegaram a pedir orações para que se recuperasse, mas Dayane não resistiu e morreu. A vítima foi atingida na região cervical e torácica, segundo o boletim de ocorrência.
Eberson usou a arma de serviço para tentar matar a própria companheira. Após atirar contra Dayane, ele se suicidou.
Em 23 de fevereiro de 2025, o vigilante já havia sido preso após agredir e ameaçar Dayane. Contudo, acabou ganhando liberdade.
Na data das agressões, Eberson havia ingerido bebida alcoólica e chegou a dizer para a vítima: “Hoje acontece alguma coisa com você. Você vai ser mais uma vítima de feminicídio”.
Neste dia, a vítima foi para a casa da mãe, porém foi seguida por Eberson e agredida com o filho pequeno no colo.
📍 Onde buscar ajuda em MS
Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá, 24 horas por dia, inclusive aos fins de semana.
Além da Deam, funcionam na Casa da Mulher Brasileira a Defensoria Pública; o Ministério Público; a Vara Judicial de Medidas Protetivas; atendimento social e psicológico; alojamento; espaço de cuidado das crianças – brinquedoteca; Patrulha Maria da Penha; e Guarda Municipal. É possível ligar para 153.
☎️ Existem ainda dois números para contato: 180, que garante o anonimato de quem liga, e o 190. Importante lembrar que a Central de Atendimento à Mulher – 180 é um canal de atendimento telefônico, com foco no acolhimento, na orientação e no encaminhamento para os diversos serviços da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres em todo o Brasil, mas não serve para emergências.
As ligações para o número 180 podem ser feitas por telefone móvel ou fixo, particular ou público. O serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os fins de semana e feriados, já que a violência contra a mulher é um problema sério no Brasil.
Já no Promuse, o número de telefone para ligações e mensagens via WhatsApp é o (67) 99180-0542.
📍 Confira a localização das DAMs, no interior, clicando aqui. Elas estão localizadas nos municípios de Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.
⚠️ Quando a Polícia Civil atua com deszelo, má vontade ou comete erros, é possível denunciar diretamente na Corregedoria da Polícia Civil de MS pelo telefone: (67) 3314-1896 ou no GACEP (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), do MPMS, pelos telefones (67) 3316-2836, (67) 3316-2837 e (67) 9321-3931.
(Revisão: Bianca Iglesias)