Diego Pires de Souza, 37 anos, sentou no banco dos réus na manhã desta quarta-feira (20), acusado de ter matado a própria mãe, Mariza Pires, 66 anos, no dia 27 de dezembro de 2024, no Parque Residencial União, em Campo Grande.
Diferentemente de seu relato na delegacia e em juízo, durante o julgamento, o filho confessou ter golpeado a vítima com uma pá.
“Não estava consciente, não sabia o que estava fazendo”, disse Diego, durante julgamento na 2ª Vara do Tribunal do Júri. Conforme o acusado, ele seria usuário de drogas e havia se internado em uma casa de reabilitação em agosto de 2024. No entanto, saiu poucos dias depois, retornando a morar com a mãe.
No dia do crime, Diego disse haver usado cinco gramas de cocaína e não se lembra de como cometeu o assassinato. “Não estava consciente, não sabia o que estava fazendo”, falou. Segundo o acusado, ele se lembra de ter ligado para o Corpo de Bombeiros e dito que ‘sua mãe estava desacordada’.
Quando questionado sobre ter permanecido em silêncio durante seu depoimento na delegacia e em juízo, Diego disse que solicitou para ser transferido do presídio em que estava, por não ser faccionado e estar com medo de ser morto.
Família não acredita que ele estaria sob efeito de drogas
Em entrevista ao Jornal Midiamax, Alfredo Gomes Neto, de 32 anos, irmão do réu e filho da vítima, disse que não acredita que Diego estaria sob efeito de drogas. “Provavelmente, por ser uma pessoa difícil de lidar, ele teve alguma discussão com ela [mãe], realmente ele deve ter discutido com ela, e na hora da raiva ele acabou pegando a pá e agrediu ela”, disse.

Sobre o dia do crime, Alfredo relembra que foi o primeiro a chegar na casa após receber uma ligação de Diego.
“Ele falava assim, gritava: ‘Minha mãe, a mãe, a mãe’. Eu corri para casa e, quando cheguei lá, vi que ela estava no chão. Só que ele falava que saiu pra comprar um cigarro e quando voltou ela tava no chão caída”, relembra o irmão.
“E aí verifiquei que não tinha nada forçado, não tinha arrombamento, não tinha sinais de ter algum roubo, algo do tipo. Então, assim, pra mim, na hora que eu cheguei, já cheguei já imaginando que tinha sido ele”, acrescenta Alfredo.
Agora, a família pede por justiça, que Diego seja julgado e permaneça preso. “Aqui fora ele perdeu tudo, irmãos, as filhas que não querem saber dele, ele não tem mais família aqui fora”, finaliza.
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