Uma menina de 10 anos foi agredida por três alunos de uma escola municipal após se recusar a brincar com eles. O caso ocorreu na última sexta-feira (19) no bairro Tijuca, em Campo Grande.
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A mãe da criança conta que a filha estava no bebedouro da escola enchendo sua garrafa de água, quando os meninos de 8, 10 e 11 anos a chamaram para brincar. Quando ela recusou o convite, passaram a empurrá-la e chutá-la nas partes íntimas, deixando lesões externas por todo o corpo.
Após saber do ocorrido, a mãe da estudante foi até ao local, conversou com a coordenadora e foi instruída a falar com a direção, no entanto, foi descredibilizada.
“Quando fui passar o caso para a superior, ela debochou e com cara de incrédula, só sabia exigir laudo médico. Perguntou se eu tinha certeza que a agressão tinha sido na escola. Fui mostrar a ela o roxo da menina, ela começou a se exaltar e gritava dizendo que não queria olhar. Absurdo o drama dela, sendo que quem estava fragilizada naquele momento era minha filha”, afirma.
Corpo de delito
Logo que deixaram a escola, mãe e filha seguiram para uma unidade de saúde e, na sequência, para a delegacia, onde registraram um boletim de ocorrência e foram encaminhadas ao IMOL (Instituto Legal de Medicina e Odontologia Legal). O Conselho Tutelar também foi acionado.
“Foi negligência sim! Hoje é minha filha, mas amanhã podem ser os filhos dos outros passando por isso. Se querem trabalhar com crianças, tem que saber cuidar direito e não só ficar postando fotos bonitinhas delas no Instagram da escola fingindo que está tudo bem, que está tudo sob controle”, desabafa.
Quase uma semana após o ocorrido, a mãe foi comunicada, na tarde desta quinta-feira (25), que uma reunião será marcada, mas até o momento, não informaram data.
“Ela não quer ir para a escola, passa o dia todo na cama. Estamos esperando sair encaminhamento para o psicólogo, a conselheira pediu ontem. É difícil pra ela e pra mim. Eu não deixo meus filhos soltos, eles não sabem dos perigos das ruas. Aonde vão, eu levo, não deixo ninguém encostar a mão neles. É difícil pra mim ver minha filha passar por isso”, lamenta.
O caso foi registrado como lesão corporal dolosa.
O que diz a Semed?
Após a denúncia, a reportagem acionou a Semed (Secretaria Municipal de Educação) para entender como o assunto tem sido tratado internamente. Leia a nota completa.
“A Secretaria Municipal de Educação informa que a mãe da aluna foi atendida pela equipe da escola, inicialmente pela coordenação, que encaminhou imediatamente a situação à direção da unidade. A gestão escolar está apurando os fatos, inclusive analisando as imagens do circuito de segurança, já que, segundo relatos dos alunos, não houve agressão, mas sim uma brincadeira próxima ao bebedouro.
No atendimento realizado, a mãe apresentou comportamento alterado e se retirou da escola. Posteriormente, foi convidada a participar de uma nova reunião, mas até o momento não compareceu.
A Secretaria ressalta que acompanha o caso por meio do técnico de apoio à gestão, que irá monitorar os desdobramentos. Reforçamos ainda que todas as situações que envolvem a segurança e o bem-estar dos alunos são tratadas com seriedade, diálogo e os encaminhamentos necessários junto à comunidade escolar e aos órgãos competentes”.
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