Foi marcada a audiência de instrução e julgamento do ex-policial Jose Adão Correa, do Mister MS, Alexandre Lanzoni e do casal Edson Medeiros Ribeiro e Maria Isabel de Almeida Lara, acusados de planejar e executar Valdinei Marcos da Silva na BR-060, entre Jardim e Bela Vista.
O crime ocorreu em fevereiro deste ano. A audiência foi marcada para o dia 29 de setembro, às 14h30, e será feita por videoconferência. Na ocasião, serão ouvidas testemunhas e os réus.
Conforme a denúncia, foi descrito que os acusados atuavam juntos, sendo apontados os réus José Adão Corrêa e Alexandre Lanzoni como executores dos delitos e os réus Edson Medeiros Ribeiro e Mara Isabel de Almeida Lara como mandantes. Além disso, consta que os mandantes são as únicas pessoas que possuíam desentendimento sério e prévio com Valdinei, o qual já havia trabalhado para eles e abriu comércio na mesma área, inclusive atraindo clientes que eram dos acusados.
Não bastasse isso, todas as testemunhas que conheciam as partes relataram que os desentendimentos estavam além de uma simples discussão cotidiana e passageira. O próprio acusado Edson, quando interrogado na delegacia, admitiu ser o mandante da execução de Valdinei, apesar de ter negado qualquer envolvimento de sua companheira.
Premeditação do crime
A investigação revelou que os autuados premeditaram friamente o crime, planejando sua execução dias antes da data. No dia do crime, os dois deslocaram-se até a cidade de Jardim por uma rota escolhida antecipadamente, visando evitar câmeras de monitoramento e radares que pudessem identificá-los.
Já em Jardim, aguardaram a van conduzida por Valdinei no posto de gasolina, iniciando a perseguição quando a vítima seguiu em direção a Bela Vista. Durante a execução do crime, Alexandre conduzia o Fiat Toro, de cor preta, enquanto José pulou para o banco de trás do veículo e foi o responsável por efetuar os disparos com a espingarda calibre 12.
Após Valdinei ser atingido, a van saiu da pista. Os autores pararam ao lado do veículo da vítima. José, então, desceu e efetuou ao menos mais três disparos à queima-roupa contra Valdinei. A idosa de 77 anos que estava dentro da van caiu do veículo quando ele parou às margens da rodovia e uma das portas se abriu.
Após o crime, os autores empreenderam fuga por uma rota previamente calculada, evitando quaisquer tipos de radares e dispositivos de monitoramento que pudessem identificá-los.
Sobre a motivação para a execução, a polícia ainda está apurando, mas desavenças pessoais poderiam ser a causa do crime.
Mister MS
Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, Alexandre representará o estado no Mister Brasil CNB 2025 em abril deste ano em Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
Segundo a publicação do Mister Brasil CNB, Alexandre é natural de Posse, em Goiás. No entanto, mora em um sítio em Amambai, a 351 quilômetros de Campo Grande. A carreira no esporte começou em 2015, quando o suspeito participou de um campeonato de fisiculturismo.
Mister MS e ex-policial civil se acusaram mutuamente
Os dois autores estavam em um Fiat Toro quando os militares os prenderam. Durante a busca no veículo, os policiais encontraram a suposta arma do crime, sendo uma espingarda Cal 12 CBC Military, além de quase R$ 9 mil em espécie e um capuz “bala clava”.
Alexandre — proprietário da arma e do Fiat Toro — alegou que o ex-policial civil o coagiu para que alugasse o carro e a arma para que pudesse cobrar uma dívida de uma pessoa em Jardim. Já o ex-policial afirmou que Alexandre foi o motorista responsável pelos disparos em Valdinei.
Ambos acabaram se acusando mutuamente, mas sobre a dinâmica os dois contaram a mesma versão, de que os tiros atingiram a vítima com a Van ainda em movimento na rodovia BR-060, no sentido Bela Vista, e depois por mais vezes. Em seguida, fugiram para Amambai.
Ex-policial civil demitido
O ex-policial preso pelo crime foi demitido em 2018, por práticas de irregularidades administrativas depois de regular Processo Administrativo Disciplinar, não tendo nenhum vínculo com a PCMS, inclusive estava com tornozeleira eletrônica de fato criminal recente no estado do Paraná, onde responde por tráfico de drogas.
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