Ricardo Campo Figueiredo, condenado pelo envolvimento na Máfia dos Cigarreiros, com a exclusão da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), em abril de 2023, agora foi condenado a devolver R$ 1,096 milhão por enriquecimento ilícito.
A decisão de improbidade administrativa foi publicada no Diário da Justiça, no dia 8 de setembro. A decisão traz: “Perda dos bens e valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, no montante de R$ 1.096.396,93 (um milhão, noventa e seis mil, trezentos e noventa e seis reais e noventa e três centavos), a ser devidamente corrigida e com juros moratórios, pela taxa legal, correspondente à taxa referencial Selic, desde o primeiro evento danoso — setembro de 2015 — e revertido em favor do Estado de Mato Grosso do Sul, ente público lesado”.
Ricardo ainda foi punido com a perda da função pública “que eventualmente ocupe junto à Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul ou qualquer outro cargo, ou função pública que esteja exercendo ao tempo do trânsito em julgado desta decisão; c) Suspensão dos direitos políticos pelo prazo de 10 (dez) anos”.
Prisão na Operação Oiketicus
Ricardo atuou como segurança na Governadoria e foi condenado a 18 anos, 10 meses e 11 dias de prisão pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por estar envolvido na Máfia dos Cigarreiros, quando foi preso durante a Operação Oiketicus.
A operação, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em 2018, apurou delitos praticados por policiais militares ligados a contrabandistas. Ricardo foi apontado como líder do grupo que dava suporte à máfia. Ao todo, 29 policiais, entre praças e oficiais, foram presos.
As investigações apontaram que militares interferiam na fiscalização de caminhões de cigarros para que não ocorressem apreensões de cargas e veículos, além de adotarem outras providências para o êxito do esquema. Consta na denúncia do Gaeco que os cigarreiros agiam associados desde o início de 2015, estruturalmente ordenados e com divisão de tarefas.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)