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Polícia

Laudo confirma morte de ‘Jorginho’ por ataque de onça; cabeça e pescoço foram as regiões atingidas

As investigações apontam que Jorginho estava vivo no momento em que foi atacado
Layane Costa -
ataque onça pantanal
Jorginho dias antes do ataque (Fotos: Leitor Midiamax)

O laudo necroscópico que investiga a causa da morte do caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, concluiu que, no dia 21 de abril, ocorreu um choque neurogênico agudo. Isso indica que, de fato, Jorginho – como era conhecido – foi atacado por uma onça no coração do Pantanal, em um pesqueiro na região do Touro Morto.

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O laudo, que possui 13 páginas, traz detalhes da causa da morte do caseiro, que ganhou grande repercussão. Segundo o delegado Luis Fernando Mesquita, lotado na 1ª Delegacia de Polícia Civil de , o ataque ocorreu predominantemente na região da cabeça e pescoço.

“O Laudo Necroscópico foi elaborado e concluiu que a causa da morte procedeu-se em virtude choque neurogênico agudo por consequência de ação perfuro-contundente em ataque de animal carnívoro de grande porte, onça-pintada. A ação ocorreu predominantemente no segmento superior do corpo, atingindo a cabeça e a coluna cervical”, explicou Mesquita.

O documento foi elaborado pelos médicos legistas do Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana. Contudo, conforme o delegado, as investigações continuam “e o Inquérito Policial será encaminhado ao Ministério Público após a sua regular instrução”, detalhou.

Para o delegado, agora não há mais dúvidas de que Jorginho morreu após o ataque da onça. “Quanto às conclusões, não temos dúvidas, com base nos elementos de informação colhidos até o momento, que, de fato, o que ocorreu foi um ataque de animal silvestre de grande porte, onça-pintada!”, afirmou.

Caseiro Jorge Ávalo, vítima de ataque da onça no Pantanal. (Reprodução)

Lesão indica que ‘Jorginho’ estava vivo no momento do ataque

Na semana passada, o Jornal Midiamax conversou com o delegado Luis, que confirmou que havia uma lesão no corpo de Jorginho que possivelmente indica uma tentativa de defesa contra o ataque do animal.

“Temos uma lesão em membro superior, de defesa, com reação vital, compatível com ataque de animal silvestre de grande porte”, disse Mesquita.

Ainda segundo o delegado, a reação vital “significa que, no momento em que a lesão foi ocasionada, a vítima estava viva”, explicou.

Ossos e cabelos encontrados nas fezes de onça suspeita do ataque

Além disso, fragmentos de ossos e cabelos foram encontrados nas fezes da onça-pintada suspeita de matar o caseiro. O animal foi capturado pela PMA (Polícia Militar Ambiental) para exames que devem confirmar se ela é o animal envolvido na morte do caseiro.

No entanto, ainda não há confirmação de que os fragmentos de ossos e cabelo sejam humanos. Por isso, os fragmentos foram recolhidos e encaminhados para perícia, que posteriormente realizará o exame de DNA por comparação.

“Estamos aguardando a elaboração dos Laudos Periciais requisitados e realizando a oitiva dos envolvidos quando a investigação!”, explicou o delegado.

Captura de onça

A captura do animal de 94 quilos aconteceu três dias depois do ataque ao caseiro. A onça-pintada foi encontrada por equipes da PMA próximo de onde Jorge foi atacado e encaminhada ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres).

Logo que o animal chegou ao CRAS, a equipe médica veterinária constatou que a onça estava com anemia, mas segundo o novo boletim enviado ao Jornal Midiamax, o animal apresenta um quadro de saúde estável.

No entanto, a polícia reforçou no dia da captura que não é possível afirmar que esta foi a onça que matou o caseiro. “Capturamos porque era a que estava rondando a casa, está magra e abatida. Mas como ele (o caseiro) foi arrastado para o mato, outros animais podem ter atacado e comido”. Além disso, a PMA já havia dito que teriam mais animais da espécie no local.

A onça-pintada capturada após o ataque e a morte do caseiro não deverá retornar à natureza.

A onça foi capturada no dia 14 de abril (Foto: Saul Schramm/Secom)

Possível dinâmica do ataque

A suspeita é de que a onça tenha aparecido na casa em que Jorge morava enquanto ele fazia café. O ataque teria ocorrido por volta das 5h30 do dia 21 de abril.

Amigos e parentes acreditam que Jorge se apavorou e tentou correr, mas foi cercado pelo animal no meio do deck que leva até as águas. Ali mesmo, a onça teria partido para cima do caseiro e arrastado seu corpo mata adentro, passando pelo rio.

Logo cedo, turistas foram até o local para comprar mel e se depararam com os vestígios no caminho. Muito sangue, vísceras e pegadas foram encontradas na área do ataque. “A onça comeu o caseiro”, comenta um dos populares em vídeo registrado pela manhã.

Após receber a denúncia, a Polícia Militar Ambiental deslocou um helicóptero até a área para tentar localizar o corpo e confirmar o ataque. As buscas foram encerradas após os restos mortais serem encontrados na manhã de terça-feira (22), um dia depois do do caseiro.

Onça-pintada permanece no Cras, em (Saul Schramm/ GOV MS)

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