O exame toxicológico realizado nas amostras de sangue de Matheus Santana Falcão, de 21 anos, descartou a presença de metanol, substância que estava sendo investigada como possível causa da morte do jovem, ocorrida na última quinta-feira (2), em Campo Grande. O resultado consta em laudo do Instituto de Análises de Campo Grande, divulgado nesta terça-feira (7).
De acordo com o documento, as análises foram realizadas em laboratórios da Politec-MT e da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso), com metodologia de ‘cromatografia gasosa’.
O resultado apontou que não foi detectado metanol nas amostras, mas foi identificada a presença de etanol (álcool comum) na concentração de 8,59 decigramas por litro de sangue (0,859 g/L).
Essa quantidade indica que o jovem havia ingerido bebida alcoólica em quantidade antes da morte. Testemunhas disseram que ele havia ingerido meio litro de aguardente, na apresentação conhecida popularmente como ‘corotinho’.
O laudo, portanto, descarta a hipótese de morte por envenenamento por metanol, levantada inicialmente pelo Ministério da Saúde. A pasta havia incluído o caso de Matheus entre as notificações suspeitas de intoxicação por álcool adulterado, após ele dar entrada na UPA do Universitário com sintomas como náusea, dor abdominal e vômito escuro, quadro que evoluiu rapidamente para parada cardiorrespiratória.
Com o resultado pericial, o caso de Mato Grosso do Sul não entra entre os óbitos confirmados por metanol.