A justiça não aceitou o pedido de exame de insanidade mental do ‘coach’ de inteligência emocional, Sahu Abel Heyn, que assassinou o próprio pai a facadas, Hugo Al Heyn, em Campo Grande. Na visão do juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, “não há evidências suficientes que ele tenha algum transtorno mental”.
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O advogado de defesa Fernando Antônio havia solicitado pelo exame de insanidade. Contudo, o juiz acabou negando o pedido nessa quarta-feira (27).
“Indefiro o requerimento de instauração de incidente de insanidade mental formulado pela Defesa do acusado por ausência de indicativos mínimos de que este sofra de perturbação mental”, diz parte da decisão assinada por Garcete.
Por fim, o juiz deixou claro que não há nenhum impedimento para que a defesa de Sahu faça um novo pedido para assim avaliar a insanidade mental dele. Assim, a defesa poderá juntar novas provas e renovar o pedido.
“Nada obsta que o requerimento seja renovado pela Defesa caso surja indício da sua necessidade, com base em prova documental”, diz trecho.
Audiência
A primeira audiência de instrução e julgamento do caso será realizada no dia 10 de setembro, às 14h, na 1ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Heitor de Medeiros, em Campo Grande.
Durante a audiência, serão ouvidas as testemunhas arroladas pelas partes, oportunidade em que também será realizado o interrogatório do acusado.
‘Vou fazer pedacinho de você’
Conforme relato da esposa da vítima e mãe do autor, o homicídio ocorreu após uma discussão entre pai e filho por volta das 23h do dia 26 de junho. Segundo ela, o filho apresentava irritação e parecia estar em surto, sendo que tentou acalmá-lo, mas sem sucesso.
Hugo estava deitado na cama e começou a rir da situação. Neste momento, o autor teria dito: “vou fazer pedacinhos de você, o que está olhando? Tá duvidando, vou fazer agora”. Em seguida, a mulher fechou a janela do quarto e trancou a porta.
O autor arrebentou a porta do quarto, pulou em cima da vítima com uma faca e desferiu diversos golpes, tendo atingido seu tórax e braços. Hugo já estava caído no chão, quando o autor ainda teria desferido chutes contra sua cabeça. A mulher pediu para o autor parar com as agressões, no entanto, sem sucesso.
Ela conseguiu sair da casa e buscou ajuda com familiares que moram nas proximidades. Ao retornar para a residência, a vítima estava caída e o autor já havia fugido do local. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, prestou os primeiros atendimentos, mas a vítima não resistiu e morreu.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que a esposa de Hugo sai na rua com o roupão sujo de sangue, pedindo ajuda após o crime. Nas imagens, é possível ver que, na frente da casa, há uma conveniência onde estão várias pessoas. A mulher chega com um roupão sujo de sangue, pedindo ajuda após Hugo ser esfaqueado várias vezes, no tórax, pelo filho.
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