A Vara Especializada em Crimes contra a Criança e o Adolescente marcou para 3 de novembro a primeira audiência do processo em que o jornalista Renan Lopes Gonzaga é réu pelo crime de estupro de vulnerável. Ele está preso desde setembro por suspeita de abusar de um menino de 11 anos.
No despacho, consta que haverá depoimento especial para a vítima. Por se tratar de criança, não se sabe se o testemunho será gravado para exibição durante a audiência.
Ele foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) neste mês, semanas após ser preso.
O caso veio à tona após a vítima “desaparecer” no dia 1º de setembro. A mãe da criança registrou boletim de ocorrência por desaparecimento e a Polícia Civil iniciou as investigações, chegando até o apartamento do jornalista, que foi preso por estupro de vulnerável.
Após a prisão em flagrante, o assessor de imprensa passou por audiência de custódia e teve a preventiva decretada.
O que se sabe sobre caso de jornalista que teria estuprado menino de 11 anos
Jogos de videogame, comida e acesso à piscina: estes eram os atrativos que o jornalista Renan Lopes Gonzaga, de 36 anos, oferecia às crianças e aos adolescentes para irem ao seu apartamento, onde seriam aliciados pelo suspeito.
Quando preso, o jornalista disse em depoimento que os meninos pediram para passar a noite no local. Ele ainda relatou que fez comida para os adolescentes e os alimentou, e ainda lavou roupas.
O suspeito contou que os meninos ficaram jogando videogame, mas negou que tenha oferecido bebidas alcoólicas a eles. A investigação apontou que, no apartamento, ele estaria praticando atos libidinosos contra as vítimas.
Conforme o depoimento de Renan, foi oferecido uma viagem de carro por meio de aplicativo para que os adolescentes fossem embora por volta das 2 horas, mas eles teriam recusado. Na manhã seguinte, ao saber que um dos meninos era procurado, Renan chamou um carro de aplicativo para que eles fossem embora.
A vítima também relatou que outros adolescentes frequentavam o local e a investigação continua para identificar se existem mais vítimas.
Na época que a prisão foi noticiada, os moradores do condomínio onde morava o jornalista ficaram assustados e aflitos com o caso que ocorreu no residencial, em Campo Grande.
Em conversas no grupo de WhatsApp dos moradores, muitos pais com crianças pequenas falaram sobre a preocupação e falta de vigilância no prédio. “Eu nunca vi os seguranças durante o dia, só à noite”, disse uma das moradoras. Outra mensagem no grupo afirmou que o local é cheio de crianças e adolescentes sozinhos, sem supervisão.
Um morador chegou a falar que, quando passeava com sua cadela pelo condomínio, o animal se arrepiou ao passar perto do jornalista. Uma moradora relatou que a filha já teria contado a ela ter visto Renan várias vezes no parquinho.
“Que medo que dá, tem de ficar em cima mesmo”, falava uma mãe, sobre o cuidado com os filhos em condomínios. “Que loucura dentro do nosso condomínio”, dizia outro morador.
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