A 1ª Vara Federal de Ponta Porã determinou a soltura de um suspeito de tráfico drogas preso após uma operação da PF (Polícia Federal) em outubro de 2024. O réu vai responder ao processo em liberdade, mas usando tornozeleira eletrônica.
Conforme a denúncia do MPF (Ministério Público Federal), o réu teria vínculos com um primeiro suspeito e teria repassado dinheiro para ações de organizações criminosas a um segundo suspeito. Em depoimento, o réu declarou que um suspeito lhe deve R$ 620 mil e deve a outro R$ 700 mil.
A defesa sustentou que o homem está preso desde outubro de 2024, após a Operação Lepidosiren, da PF, e o processo até hoje não teve audiências de instrução e julgamento. Além disso, outro acusado acompanha a ação em liberdade sob monitoramento.
Na decisão, o juiz federal substituto, Bruno Barbosa Stamm, observou que o réu tem bons antecedentes. Assim, determinou que ele seja solto e que passe a usar tornozeleira eletrônica pelo prazo máximo de dois anos.
Operação Lepidosiren
Em 8 de agosto de 2024, a PF deflagrou a Operação Lepidosiren e mirou três suspeitos em Ivinhema e Angélica, municípios na região sul do Estado. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão, prisão temporária, quebra de sigilo bancário e sequestro de bens.
A ação teve como objetivo combater associação criminosa envolvida no tráfico transnacional de drogas. No total, a ofensiva cumpriu oito mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária nos dois municípios. A Justiça Federal determinou, ainda, o sequestro de pouco mais de R$ 33 milhões do grupo criminoso.
A investigação começou após um flagrante em 8 de julho de 2021 em Ponta Porã. Na ocasião, o trabalho investigativo revelou o grupo criminoso, que seria responsável pela logística e tráfico de drogas. Os policiais apreenderam 3,4 toneladas de maconha na ocorrência.
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