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Polícia

Irmã na cama com o cunhado e nu correndo por motel: detetive revela flagras em rotina curiosa em MS

Casos mais comuns — e também inusitados — que ainda chegam para os profissionais envolvem suspeitas de traição
Lívia Bezerra -
Imagem ilustrativa. (Reprodução: Freepik)

Diferentemente do icônico Sherlock Holmes ou de James Bond, a profissão dos detetives particulares é muito menos glamourosa do que se imagina. Há duas décadas, uma detetive de enfrenta uma rotina intensa com casos, no mínimo, curiosos para quem observa de fora.

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Atuante como investigadora particular e com uma agência própria, Tereza revela que os casos que chegam até ela são únicos, embora a maioria envolva situações conjugais. Os encontros costumam ocorrer em motéis, casas, dentro de carros ou estacionamentos. Quando se trata de uma relação extraconjugal antiga, até apartamentos são alugados.

“Quem mais procura nossos serviços são pessoas de meia-idade, tanto homens quanto mulheres, querendo verificar a fidelidade do cônjuge. Homens geralmente querem saber sobre a esposa, e mulheres, sobre o marido”, explica.

Apesar dos casos conjugais serem maioria, Tereza também investiga casos trabalhistas e familiares. Exemplo frequente é casos de advogados que precisam comprovar que determinada pessoa não está falando a verdade.

“Em casos trabalhistas, muitas vezes um funcionário chega com muletas a uma audiência e, após sair do fórum, retoma sua rotina normal. Cabe ao empregador, com provas legais, demonstrar a verdade”, revela.

Carreira

Era 2002, quando a detetive cursava a faculdade de Direito, surgiu o interesse pela área investigativa. Hoje, ela atende não só Mato Grosso do Sul, mas também outros estados e até países, como Bolívia, Espanha e Portugal.

A carreira de detetive foi regulamentada em 2017, pela Lei Federal nº 13.432/17, e, para entrar no mercado de trabalho, é necessário conhecimento básico em Direito e um curso específico de duração média de dois anos.

Com o avanço das tecnologias, os equipamentos também se tornaram mais modernos nos últimos anos. Com o uso de microcâmeras portáteis, rastreadores veiculares e até drones, os detetives garantem as evidências entre 7 e 15 dias, tratando-se de suspeita de traição. Mas há exceções.

“Em casos de traição, normalmente conseguimos evidências em uma semana a 15 dias, mas alguns casos conjugais podem se estender até 20 dias, especialmente quando envolvem pessoas mais cuidadosas. Já investigações trabalhistas tendem a ser mais rápidas”, garante Tereza.

Muito se fala em equipamentos de última geração e um trabalho minucioso de investigação, mas pouco se fala do quão acessível é, de fato, contratar um detetive particular. “Os valores variam conforme cada caso. Em média, dentro da cidade, uma diária pode variar entre R$ 800 e R$ 1.500. Casos que exigem acompanhamento noturno ou situações mais complexas têm custo maior”, afirma a detetive.

Antes de definir os valores, os profissionais realizam uma análise detalhada do investigado e o tipo de serviço. Tereza explica que, em cidades localizadas no interior, por exemplo, o valor de uma diária pode custar cerca de R$ 2,5 mil, já que a investigação exige uma equipe maior.

“No interior, os custos costumam ser mais altos, porque cidades menores exigem mais equipe para realizar o trabalho. Já na Capital, o trabalho é mais tranquilo e demanda menos recursos. Em média, uma diária no interior pode custar cerca de R$ 2.500, mas isso varia conforme o caso”, detalha a detetive.

Casos inusitados

Apesar dos avanços nas tecnologias que colaboram para a evolução dos equipamentos a serem utilizados pelos detetives, os casos mais comuns — e também inusitados — que ainda chegam para os profissionais envolvem suspeitas de traição.

Tereza revela um caso marcante envolvendo um marido que havia deixado seu carro no shopping e entrado no veículo da amante — veículo este que o homem havia adquirido para ela. Em seguida, ambos seguiram para um motel.

“Ligamos para a esposa, nossa cliente, e informamos que o marido estava no motel com a amante. A esposa chegou ao local, foi até a garagem, entrou, ergueu o toldo para que possamos filmar o veículo e começou a danificar o carro da amante. Nesse momento, o marido saiu correndo completamente nu para evitar que o veículo fosse destruído, criando uma situação totalmente inesperada e inusitada. Esse caso se destacou pelo caráter curioso e pela rapidez com que tivemos que agir, registrando todas as evidências de forma legal para o cliente”, revelou a detetive.

Outra investigação que chamou atenção da detetive foi uma envolvendo duas irmãs. Tereza conta que uma das mulheres se separou do marido e, diante da situação, a irmã se solidarizou e acolheu as duas filhas dela.

“Meses depois, ela voltando mais cedo para casa durante o período em que as crianças estavam na escola, flagrou a irmã na cama com o marido. Ela já havia desconfiado, contratou o nosso serviço, nós fornecemos câmeras escondidas e ela colocou na casa. Foi muita decepção”, lembra.

Detetive já pegou funcionário ‘no pulo’ em caso trabalhista

Também há casos trabalhistas em que os detetives são contratados por empresários. “Tem um caso de um sujeito que se apresentava como se estivesse com a perna imóvel, pois tinha fraturado ao cair do cavalo em uma fazenda. Nós pegamos o sujeito trabalhando em um serviço de pedreiro, trepado em cima de um telhado, onde estava o cobrindo com telha”, conta.

Entre os inúmeros casos nesses 23 anos como detetive particular, Tereza também lembra à reportagem uma investigação contratada por um empresário. Na ocasião, a empresa teria que desembolsar R$ 2 milhões após o funcionário sofrer um acidente e ter alegado invalidez.

“O sujeito alegou ter ficado inválido para o trabalho e, somando os valores que ele ganhava até a velhice, totalizou R$ 2 milhões. Na época, o cliente tinha bens, como fazenda e imóveis, e contratou o serviço, pois a sentença já estava em último estágio. Assim, fomos ao trabalho e, em dois meses, com muita paciência e agilidade, pegamos o sujeito ‘no pulo’, trabalhando e tendo sua vida normal do dia a dia. Ele havia fornecido um único endereço para ser intimado pela Justiça, e, na realidade, estava morando e trabalhando em outra cidade”, relata.

Desafios enfrentados pelo detetive particular

Por ser um trabalho complexo, que atende diferentes casos, os detetives também enfrentam desafios na carreira. E, mesmo com os obstáculos durante as investigações, Tereza esclarece que os profissionais devem agir dentro da legalidade.

“Não invadir residências ou agir de forma ilegal. Todo o trabalho é realizado em vias públicas ou dentro dos limites legais, o que exige cuidado e atenção”, explica.

Apesar de antiga, a carreira do detetive tem sido cada vez mais aprimorada pelos profissionais. Isso porque, atualmente, em diversas áreas são necessárias apresentações de provas legais.

“É uma carreira antiga e que vem se aprimorando a cada dia, tanto no avanço dos equipamentos quanto no reconhecimento social. Hoje, em praticamente todas as áreas, é necessário apresentar provas legais, seja no cotidiano, em casos de sabotagem ou em processos trabalhistas”, finaliza.

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(Revisão: Dáfini Lisboa)

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