Suspeito de integrar uma quadrilha especializada no famoso golpe do ‘chupa-cabra’ foi preso em Corumbá, a 413 quilômetros de Campo Grande, na manhã desse domingo (14). Com ele, foram encontrados três dispositivos, máquinas de cartão, R$ 2 mil em espécie e adesivos falsos com números de ‘suporte técnico’.
Segundo a Polícia Civil, o criminoso foi flagrado por uma equipe do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) abordando clientes dentro de uma agência bancária. A ação foi registrada por câmeras de segurança da instituição.
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Assim, a polícia foi até o local e abordou o suspeito. Ele foi revistado e os policiais encontraram o dispositivo conhecido popularmente como ‘chupa-cabra’ — usado para reter os cartões nos caixas eletrônicos — um cartão bancário em nome de uma vítima e um valor em dinheiro.
Diante dos fatos, os policiais foram até o hotel onde o criminoso estava hospedado e encontraram vários apetrechos usados para cometer o golpe e dinheiro em espécie. No quarto, foram encontrados outros três ‘chupa-cabra’, duas máquinas de cartão, R$ 2 mil em espécie e adesivos falsos com números de ‘suporte técnico’. Os adesivos induziam as vítimas a repassarem informações sensíveis, facilitando a consumação dos golpes.
O criminoso foi preso em flagrante e encaminhado para a delegacia. A vítima também foi levada para a unidade policial, onde reconheceu o homem como o autor do golpe ocorrido no mesmo dia da prisão.

Modus operandi
Com a apreensão dos apetrechos usados para cometer o crime, a polícia apurou que a quadrilha prendia o cartão da vítima no caixa eletrônico através do ‘chupa-cabra’, usado para capturar dados do cartão e senhas dos usuários.
Logo, a vítima percebia que o cartão estava retido e o criminoso se aproximava, oferecendo ajuda e induzindo a ligar para um falso número de suporte.
Assim, a vítima se afastava do caixa eletrônico e o cartão era retirado pelo golpista, com o intuito de usá-lo para saques e outras transações.
Idosa teve conta bancária zerada por criminosos
Há quase dois meses, uma idosa de 61 anos teve a conta bancária zerada por criminosos ao cair no mesmo golpe, na Vila Bandeirantes, em Campo Grande. Em julho, o Jornal Midiamax noticiou o caso, que foi registrado por câmeras de segurança de um estabelecimento comercial próximo à agência bancária.
Na época, a vítima relatou ao Jornal Midiamax que, no momento em que chegou à agência, todos os equipamentos estavam fora de operação. Com isso, uma mulher, vestida com roupa escura, teria se aproximado e dito que havia conseguido sacar dinheiro minutos antes de um único caixa que aparentava estar funcionando.
Com isso, a idosa inseriu o cartão no caixa indicado, que ficou automaticamente preso. De prontidão, a mulher orientou-a a ligar para um 0800 que estava exposto no caixa eletrônico. Sem saber que estava caindo em um golpe, a idosa informou que estava sem celular naquele momento, mas, mesmo assim, a mulher insistiu que ela ligasse e ofereceu o seu celular.
A própria mulher fez a ligação para a instituição bancária. Com isso, a vítima passou a conversar com um homem, que se identificou como atendente. Durante a confirmação de dados e orientações, a vítima chegou a informar a senha para o suspeito. Foi nesse momento que ele pediu para que ela se retirasse de dentro da agência.
No mesmo instante, uma segunda mulher entrou na agência, foi até o caixa eletrônico e fez o verdadeiro limpa na conta da vítima. Posteriormente, guardou o cartão da vítima no bolso e saiu do local. Ainda em ligação com o suposto atendente, ela foi informada de que o problema teria que ser resolvido apenas na segunda-feira, diretamente na agência.
Desesperada, foi embora e, ao chegar em casa, acessou o aplicativo do banco e viu que sua conta estava zerada, sem os seus R$ 980. A vítima até chegou a retornar na agência com uma pinça na tentativa de retirar o cartão, mas viu que ele não estava mais no caixa.
“Não desconfiei de nada, você não imagina que será uma mulher que vai te dar um golpe desses. Eu até então estava achando que era o banco que estava retido. Voltei lá na caixa de novo, não imaginei que eram elas. Eu estava tão transtornada”, disse à reportagem.
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