O grupo criminoso que aplicou golpes em jogadores de futebol da Série A, como Gabriel Barbosa, o ‘Gabigol’, e lesou uma cooperativa em Campo Grande, em R$ 250 mil, ‘investigava’ a vida das vítimas antes de agir, segundo o delegado do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro) Pedro Cunha. O grupo teria ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital).
Em coletiva de imprensa, na manhã desta segunda-feira (29), Pedro disse que a quadrilha agia há pelo menos 5 anos e em todos os estados brasileiros. Foram oito presos, mas 11 identificados. Conforme o delegado, foram descobertos fortes indícios de que a quadrilha tem ligações com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
O grupo além de lesar instituições financeiras também aplicava golpes como, o golpe do falso boleto. Pedro Cunha ainda revelou que os criminosos faziam uma profunda investigação das vítimas para aplicarem os golpes.
Os criminosos ainda teriam tido ajuda de possíveis ex-funcionários de instituições financeiras para saber como agir diante das vítimas ao se apresentarem como diretores bancários. Todos vão responder por fraude eletrônica, organização criminosa e lavagem de capitais.
Músicas para ostentar crimes
A quadrilha alvo da operação do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro) depois de aplicar golpes em jogadores de futebol, como o ‘Gabigol’, e lesar uma cooperativa em Campo Grande, ostentavam os crimes em músicas. A operação ocorreu na última sexta-feira (26).
Uma das músicas do grupo dizia: “Cuiabá, nós que tá. O malote tá no bolso, a corrente no pescoço. A tropa de Cuiabá, está arrastando pra c*”.
Conforme as investigações, o grupo criminoso patrocinava funk para divulgar os crimes cometidos. Através das músicas, o grupo ostentava os lucros dos golpes e também cooptavam novos membros.
Operação
As investigações apontaram que o crime foi orquestrado por um grupo criminoso voltado a crimes de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro, que se autointitula “Tropa de Cuiabá”.
Esse grupo seria o mesmo que aplicou golpes em jogadores de futebol de times nacionais da Série A, com prejuízo de R$ 1 milhão. Ainda conforme informações, os criminosos são ligados a uma facção criminosa que atua com essa modalidade de crime.
“Foi constatado, também, que o grupo criminoso patrocina músicas de funk para divulgar a prática dos ilícitos, ostentar o lucro do crime, bem como, possivelmente, cooptar novos integrantes para a associação criminosa”, disse o delegado Ruy Peral, da Delegacia Especializada de Estelionato de Várzea Grande.
Jogadores lesados
As investigações começaram quando jogadores da série A do futebol foram lesados por desvio de parte dos salários em golpes financeiros.
A investigação das polícias de Rondônia e do Paraná apurou, na época, que os suspeitos teriam falsificado documentos de identificação de jogadores de futebol e, com isso, aberto contas em instituições bancárias e solicitado a portabilidade de salário destes jogadores.
Na época, a polícia informou que, entre as vítimas, estavam atletas da Série A do campeonato brasileiro, como os jogadores Gabriel Barbosa, o Gabigol, atualmente no Cruzeiro, e o argentino Walter Kannemann, do Grêmio.
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