O grupo criminoso que em 2023 clonou o celular do governador Eduardo Riedel (PSDB) é alvo de operação da Polícia Civil, nesta terça-feira (3) pela DRCI (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos). São cumpridos quatro mandados de busca e apreensão domiciliar nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande.
O grupo criminoso era voltado para prática do chamado golpe da portabilidade telefônica. Informações são de que o grupo tinha acesso interno indevido das operadoras, na aquisição e descarte de chips, além do uso de logins legítimos para burlar os mecanismos de segurança das empresas de telefonia.
As investigações conduzidas pelo delegado adjunto da DRCI, Gustavo Godoy Alevado, iniciaram em maio de 2023, após o governador do Estado, Eduardo Riedel, ser vítima do golpe. O governador perdeu acesso à sua linha telefônica após o número ser transferido indevidamente para outra operadora de telefonia, mediante uso fraudulento de seus dados pessoais.
Ainda conforme informações, com a constatação de que os fatos ocorreram em Várzea Grande, o inquérito inicialmente instaurado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul foi encaminhado à Polícia Civil de Mato Grosso, para apuração dos crimes de estelionato tentado e associação criminosa, cujas penas dos crimes, somadas, pode ultrapassar os seis anos de reclusão.
Os crimes praticados resultaram em prejuízos não apenas à vítima principal, mas representa um grave risco à segurança digital de autoridades públicas e cidadãos em geral.

Portabilidade
Durante a apuração, foi constatado que a portabilidade indevida foi solicitada junto à operadora por meio de ligação ao canal interno. A chamada partiu de um número registrado em nome de uma ex-funcionária da empresa de telefonia, que se autenticou indevidamente com as credenciais da vendedora de uma loja autorizada em um shopping de Várzea Grande.
O chip utilizado para habilitar a linha objeto da portabilidade havia sido inicialmente ativado por outra investigada, que realizava, junto a um comparsa, compras sistemáticas de grandes quantidades de chips pré-pagos, os quais eram cancelados e reaproveitados em fraudes.
“As diligências realizadas revelam um modo de atuação articulado e tecnicamente estruturado, com uso de ferramentas internas das operadoras e divisão de tarefas entre os envolvidos. O foco na prevenção e repressão a crimes cibernéticos e digitais é essencial diante da crescente sofisticação dessas práticas criminosas”, destacou o delegado titular da DRCI, Guilherme Berto Nascimento Fachinelli.

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