Magno Lopes dos Santos está sendo julgado nesta quinta-feira (27) por matar a tiros Rafael Freitas Silva em novembro de 2022, na Rua Tamôio, no Jardim Leblon, em Campo Grande. Durante interrogatório no Tribunal do Júri, ele alegou que agiu para se defender.
Conhecidos da vítima e até a ex-mulher disseram que Rafael era agressivo, possessivo e violento. A vítima, segundo os depoimentos, vinha ameaçando Magno após ele assumir relacionamento com a ex de Rafael.
Autor e vítima eram amigos na época de escola, mas a amizade se desfez quando Magno assumiu relacionamento com Elaine Ramires, 28 anos, ex-mulher de Rafael. Desde então Rafael passou a ameaçar Magno, principalmente em ligações telefônicas.
Magno respondeu que comprou a arma 9 milímetros em 2021, registrada e com munições. “Eu comprei porque o Rafael sempre me ameaçava, dizia que ia sair da cadeia e ia me matar’, explicou, dizendo que a vítima mandava gente na casa dele para ameaçá-lo.
No dia do crime ele contou estar armado justamente por mais uma vez ter sido ameaçado. “Eu saí nervoso com o carro falhando. Vi pelo retrovisor que ele estava próximo do carro, colocando a mão na cintura, aí vi que não tinha para onde correr, desci do carro e efetuei os disparos. Ai, entrei no carro e fugi”, disse afirmando não se lembrar de quantos tiros, nem onde eles acertaram.
“Atirei para me defender”, justificou.
A ex da vítima e atual esposa de Magno, Elaine, disse em depoimento que já tinha outros boletins de ocorrência contra Rafael, pois ele bebia e batina nela. Na época do crime, ele estava em saidinha da prisão.
Lembrou que em uma das ameaças ao Magno, o ex disse que acionaria o PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa.
“Ele usava droga, bebia, me batia, na frente dos amigos, mandava eu andar ajoelhada, quando a gente chegava a sair em um lugar público, ele mandava eu voltar para o carro”, contou.
Violento, agressivo
Amigos e conhecidos dos envolvidos descreveram a vítima como explosiva, agressiva e violenta.
“O Rafael era um cara muito explosivo, violento, queria mostrar ser, era do lado do crime, queria se aparecer”, disse um rapaz que é conhecido dos dois envolvidos. “Ameaçando pessoalmente não, mas já vi ele ligando várias vezes para o Magno. Ele (Magno) tinha medo que o Rafael realmente fizesse o que ameaçava, inclusive ele se mudou para Santa Catarina, por um tempo, por causa disso”, contou no Tribunal.
O irmão de Elaine, Miguel Ramires, disse que não presenciou agressões, mas que viu a irmã machucada.
“O Rafael era agressivo, violento, eu nunca vi ele bater nela, mas já vi ela machucada. O Magno saiu de Campo Grande porque ele estava com medo das ameaças”.
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