Defesa vai pedir revogação da prisão de estudante de medicina que atropelou e matou corredora na MS-010
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A defesa do estudante de medicina que atropelou e matou a corredora Danielle Correa de Oliveira, de 41 anos, na MS-010, em Campo Grande, vai pedir a revogação da prisão preventiva dele.
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O atropelamento aconteceu há quase uma semana, na manhã do último sábado (15), quando Danielle estava correndo com um grupo de atletas na rodovia e foi atingida pelo carro conduzido pelo universitário.
O estudante foi preso em flagrante e passou por audiência de custódia, onde o juiz de Direito, Aluísio Pereira dos Santos, decidiu mantê-lo preso preventivamente.
E nesta sexta-feira (21), em contato com a reportagem do Jornal Midiamax, o advogado José Roberto Rosa disse que assumiu a defesa do estudante e irá pedir pela revogação da prisão.
“Durante a audiência de custódia foi verificado que não houve qualquer desobediência das regras do auto de prisão em flagrante”, afirmou o advogado.
José Roberto ainda falou que aguarda a chegada de laudos e demais documentos que devem esclarecer como aconteceu o acidente. “Precisa ver ao certo se de fato tem confirmação de embriaguez, se o local onde ela estava correndo era um lugar onde ela poderia estar ali. Então, é uma série de coisas que vou ter que analisar”, explicou.
Contudo, a prioridade é o pedido de revogação da prisão do estudante de medicina. “A nossa ideia é tentar verificar se é possível conceder a liberdade para ele. Nesse momento a preocupação é com esse tema, pois como ele é residente, não pode ter faltas no hospital. Então, uma das principais coisas que ele perderia nesse momento é a residência”, finalizou José Roberto.
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Estudante de medicina chorou ao ouvir decisão de prisão
Vídeo da audiência de custódia no último domingo (16) mostra o estudante de medicina aos prantos ao ouvir a decisão do magistrado no Fórum de Campo Grande.
Nas imagens é possível ver o estudante de cabeça baixa e quando ouve a decisão do juiz vai aos prantos. Ele estava embriagado quando dirigia o carro e acabou atropelando Danielle, que treinava para uma maratona com um grupo, na MS-010.
João se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas era visível seu estado de embriaguez. O estudante utilizava uma pulseira de uma casa noturna localizada na Avenida Afonso Pena e, dentro do veículo, foram encontradas latas e garrafas de cerveja.
Motorista desorientado
A publicitária Gisele Dias praticava corrida com a vítima, e estava no grupo que treinava na manhã de sábado (15).
“Ele (o motorista embriagado) falava que estava indo para a casa dele, falava que morava em Campo Grande, outra hora ele falava que morava perto da Santa Casa, outra hora falava que morava perto do shopping, e a gente estava indo a Rochedo, estávamos a 7 km de Campo Grande”, detalhou a atleta.
“Ele (o motorista) estava muito distante de onde ele pensava que ele estava indo, totalmente sem noção de qualquer coisa”, completa Gisele.
“As leis são brandas, foi um homicídio, ele estava embriagado, então a lei precisa ser revista”, defende a atleta.
“Não deveriam ser só crimes hediondos que deveriam ser inafiançáveis. Isso foi um crime hediondo, gente, precisa ser revisto isso. Não dá para a pessoa deliberadamente se embriagar, pegar o carro, sair, atropelar uma pessoa, matar uma pessoa, depois voltar para casa e seguir a vida dele. O rapaz, ele estava extremamente embriagado”, desabafou.
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