A defesa do mecânico David Lopes Queiroz pediu pela sua prisão domiciliar após ele ter recebido alta da Santa Casa de Campo Grande, no dia 17 de maio. Ele provocou um acidente em que mãe e filhos morreram, entre eles um bebê de 3 meses.
O acidente aconteceu na BR-060, no dia 6 de abril. Ele teve a prisão preventiva decretada quando ainda estava internado. A primeira audiência do caso foi marcada para o dia 30 de junho. No acidente, morreram: Drielle Leite Lopes e seus três filhos, Helena Leite Saraiva, de 10 anos, João Lúcio Leite Saraiva, de 2 anos, e o pequeno José Augusto Saraiva, de apenas 3 meses.
A defesa alegou que David ficou com várias sequelas, e precisa de tratamento adequado, por isso o pedido de prisão domiciliar. Ainda conforme a defesa, o mecânico não apresenta risco à sociedade.
Mecânico usou cocaína antes de pegar estrada
O mecânico que provocou a morte de uma mãe e três filhos, entre eles dois bebês, na noite do dia 6 de abril, na BR-060, entre Sidrolândia e Campo Grande, havia usado cocaína horas antes de pegar a estrada. O MPMS (Ministério Público Estadual) pediu pela prisão preventiva do mecânico.
Informações passadas pelo irmão do mecânico para os policiais que atenderam a ocorrência são de que, no dia do acidente, o autor fez uso de cocaína. Quando os policiais chegaram à Santa Casa, onde o mecânico estava internado sob escolta, ele apresentava sinais de embriaguez, com fala arrastada e palavras de baixo calão.
Ele está internado sob escolta policial e foi pedida sua prisão preventiva.
Cortejo marcado por dor e revolta
Revolta, choro, estado de choque. Assim foi a despedida de Drielle Leite Lopes e seus três filhos: Helena Leite Saraiva, de 10 anos; João Lúcio Leite Saraiva, de 2 anos; e o pequeno José Augusto Saraiva, de apenas 3 meses. A mãe de Drielle estava em estado de choque durante o velório, que aconteceu na Câmara de Vereadores da cidade.
O marido de Drielle teve de ser amparado por amigos e familiares durante a despedida da esposa e dos filhos. O bebê de 3 meses foi velado com caixão fechado. “Em relação ao acidente, eu quero a Justiça. Não vai trazer de volta, mas que não aconteça com outros. Porque não foi um acidente, foi uma tragédia, provocada por um ser embriagado, que não pensa na consequência do que vai dar. Destruiu, destruiu muitas famílias”, disse Aucelia Gomes, sogra de Drielle.
A família tinha ido passar o fim de semana em Sidrolândia para visitar a mãe de Drielle e contar a novidade da compra da casa própria que o casal havia conquistado há uma semana, em Campo Grande. “Eles [nora e netos] eram amor, família unida, um pelo outro. Era assim, só brincando, ia para o mercado brincando. Eu ia lá e não sabia o que fazia, colocou o nome de dois filhos, por mim, José e João”, disse Aucelia.
Já sobre o filho, marido de Drielle, a mulher contou que, emocionalmente, ele está destruído. “Os ferimentos não foram muitos, mas o emocional está destruído. Ele até falou que não quer mais viver, mas tem outro filho, né? Nós vamos dar muita força para ele, e Deus já está segurando a mão dele. Nós vamos nos unir um pelo outro”, falou.
O neto de 12 anos que sobreviveu ao acidente continua internado e já teria passado por cinco cirurgias desde o acidente. “Vai ser um tratamento longo, doloroso, mas ele está fora de perigo. Quebrou os dois fêmures, os dois braços e o maxilar”, contou Aucelia.
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