A defesa de Bruna Nathalia de Paiva, acusada de ser a mandante do homicídio do médico Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos, alega que as provas obtidas são ilícitas e solicita a impronúncia de Bruna. A acusada e os outros três integrantes da quadrilha estão presos desde o dia 7 de agosto de 2023.
Conforme informações da ação penal movida pelo Ministério Público contra a quadrilha, o crime aconteceu em Dourados, no dia 27 de julho de 2023, quando Guilherme Augusto Santana Coelho, Keven Rangel Barbosa e Gustavo Kenedi Teixeira, a mando de Bruna, estrangularam o médico Gabriel Rossi.
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A quadrilha teria torturado a vítima com armas de pressão e choque, causando sofrimento físico e mental. Eles teriam utilizado um fio para cometer asfixia mecânica contra Gabriel.

Defesa alega provas ilícitas
Informações obtidas pelo Midiamax são de que os advogados Anderson Rocha e Thaisa de Noronha, representantes de Bruna, solicitaram a impronúncia, sob o pretexto de que as provas obtidas pelos policiais eram ilícitas, visto que, conforme a defesa, não havia ordem judicial devidamente fundamentada.
“Conforme ressaltado pela defesa dos corréus e 983-986, as provas que originaram a investigação e que supostamente conectam a Acusada aos fatos foram obtidas de maneira manifestamente ilegal, maculando todo o processo com nulidade insanável”, afirmaram os advogados.
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As provas a que eles se referem são sobre a geolocalização dos aparelhos celulares, imagens de câmera de segurança e informações pessoais de passageiros em empresas de ônibus e aéreas.
Ainda, os advogados defendem não haver nos autos provas que demonstrem que a Bruna teria intenção de matar a vítima. “[…] Não há nos autos nenhuma mensagem, testemunho ou prova concreta, referendado em Juízo e sem qualquer liame de depoimento forçado, de que Bruna tenha ordenado a morte de Gabriel”, afirmam.
Além do requerimento de ilicitude das provas, a defesa de Bruna de Paiva solicita pela impronúncia da acusada e o direito de cumprir as medidas cautelares em prisão domiciliar até que se encerre o processo.
Crime de estelionato
Gabriel teria feito favores para Bruna, que havia prometido R$ 500 mil para o médico, mas, como o dinheiro não foi pago, o médico passou a fazer ameaças a Bruna, dizendo que entregaria todo o esquema à polícia. Por isso, ela teria resolvido matar Gabriel.
O médico tinha como função na quadrilha emprestar dados falsos para que os crimes fossem cometidos. Ele era quem ia até a Caixa Econômica Federal para fazer os saques com documentos falsificados, os quais eram usados de pessoas mortas. O dinheiro era dividido entre os membros da quadrilha, que tinha como cabeça Bruna Nathalia de Paiva.
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Após a sua morte, o médico teve contas criadas em seu nome pela quadrilha, que continuou a aplicar golpes de estelionato, pedindo dinheiro em seu nome. A quadrilha também usava cartões clonados.
Gabriel conheceu Bruna quando era estudante de Medicina. Os dois teriam se conhecido pelas redes sociais e em festas, e a mulher teria cooptado o médico para fazer parte da quadrilha.
Segundo a polícia, a vítima não usava a sua condição profissional para fazer os esquemas de estelionato.
Assassinato e prisão
Uma ‘casinha’ — gíria policial para emboscada — teria sido armada para o médico, que, após voltar para Dourados, foi até a casa, próximo à Praça Paraguaia, e lá foi assassinado, estrangulado e espancado. Havia respingos de sangue nas paredes do quarto onde estava o corpo. Gabriel teve as mãos e os pés amarrados por fios de televisão e carregadores de celulares.
O médico estaria morto há pelo menos quatro dias. O corpo foi descoberto depois que vizinhos sentiram um mau cheiro e viram moscas pelo local.
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Os criminosos foram detidos em Minas Gerais, por uma força-tarefa.
Para conseguir prender os envolvidos no crime, de Belo Horizonte, foi montada uma força-tarefa de 16 policiais de MS, incluindo agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) — Delegacia de Dourados. A operação também contou com o apoio de 12 homens da Polícia Civil de Minas Gerais.
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