Eriton Amaral de Souza, réu pela execução de Mateus Pompeu Dias, conhecido como ‘Opalão do PCC’, será julgado nesta quinta-feira (4), na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande. Uma das teses argumentadas pela defesa será a forte emoção.
‘Opalão do PCC’ (Primeiro Comando da Capital) foi executado a tiros no bairro Montevidéu, na Capital, no dia 21 de março do ano passado. Ele tinha quase 60 passagens pela polícia e sua esposa, Sônia Estela Flores, foi assassinada por engano em abril de 2020.
No momento da execução de ‘Opalão do PCC’, um policial militar que seguia para o trabalho tentou evitar o crime e jogou o carro em cima do acusado, que conseguiu escapar e efetuou os disparos contra a vítima. Eriton foi perseguido pelo policial e atirou contra o carro do militar.
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Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, as teses devem ser bordadas no julgamento. Eriton é acusado de homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima em relação ao ‘Opalão do PCC’ e tentativa de homicídio contra o policial.
“Vamos tentar convencer os jurados que a relação do homicídio do Mateus (Opalão do PCC) foi que o Eriton estava sob estado de uma forte e violenta emoção. A Maricelly vai explicar o que é uma forte emoção e eu irei debater isso, na prática. Isso porque anos atrás, o Mateus tentou contra a vida do Eriton e de sua esposa dentro de um carro. Na época, a esposa do Eriton estava grávida, a criança nasceu, mas logo faleceu. Então, ele (réu) ficou nesse estado de violenta emoção”, contou o advogado de defesa, Amilton Ferreira de Almeida.
Já a advogada Larissa Almeida Tobaru defenderá o cliente na acusação de tentativa de homicídio contra o policial. “Ela irá tentar a absolvição, porque o Eriton não tentou matar o policial. Ele tentou se defender dos disparos”, explicou.
O julgamento ocorre a partir das 8 horas da manhã desta quinta-feira (4), na 1ª Vara do Tribunal do Júri, no fórum de Campo Grande, e será presidido pelo juiz de Direito, Calos Alberto Garcete de Almeida.
Execução de ‘Opalão do PCC’
Um policial que seguia para o trabalho tentou evitar o crime, quando percebeu a ação do motociclista e jogou o carro em cima do autor, que conseguiu se desvencilhar. Em seguida, o motociclista emparelhou ao lado do motorista e fez os disparos.
O motorista morreu no local antes da chegada do socorro e teria sido atingido por cerca de oito tiros. O policial ainda perseguiu o motociclista, que atirou contra o carro do militar. Ocorreu troca de tiros e o autor acabou preso.
O assassinato de ‘Opalão do PCC’ seria um acerto de contas entre criminosos. Ele tinha várias passagens pela polícia, entre elas de estupro contra as próprias filhas. O autor também tem passagens.

Assassinato de esposa por engano
Mateus Pompeu Dias teve a mulher, Sônia Estela Flores, assassinada por engano em abril de 2020. Sônia foi assassinada por engano com tiro na cabeça, no Jardim Noroeste, em Campo Grande, enquanto segurava o bebê no colo.
Na época, os pistoleiros queriam matar o marido dela, ex-presidiário que vinha sendo ameaçado de morte pela facção criminosa da qual teria sido membro.
Sônia e o marido, que havia saído da prisão há aproximadamente dois meses, seguiam em um veículo Celta pela Rua Ataúfo Paiva, quando foram surpreendidos pelos executores em uma moto. Os criminosos atiraram e fugiram. Ela chegou a ser socorrida pelo marido, que foi ao encontro de equipes do Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não resistiu.
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(Revisão: Bianca Iglesias)