A criança de 2 anos que atirou na mãe, Deborah Rodrigues Monteiro, de 27 anos, na última sexta-feira (13), em Rio Verde de Mato Grosso, a 194 quilômetros de Campo Grande, deverá ter acompanhamento psicológico. Em depoimento preliminar, o pai da criança disse que achou que eram bombinhas disparadas.
A delegada que está com o caso, Danielle Felismino, disse ao Midiamax que nesta semana o pai deverá ser ouvido novamente, já que no dia da morte, ele foi ouvido de forma preliminar. A criança está sob cuidados da família, e o Conselho Tutelar deve acompanhar o caso.
Deborah foi sepultada em Alto Caracol, distrito de Caracol, cidade localizada a 372 quilômetros de Campo Grande. Ela morreu após o filho manusear uma pistola Glock do pai em casa, no bairro Barra Verde. Na ocasião, ela e o marido estavam sentados na varanda do imóvel, quando a criança efetuou um disparo acidental, que atingiu o braço e o tórax da mãe.
O marido de Deborah e dono da pistola já tinha passagens pela polícia por ameaça e disparos de arma de fogo. Em outubro de 2023, o homem foi preso em flagrante após realizar manobras perigosas, conhecidas como “cavalo de pau”, no pátio de uma fazenda e, na sequência, efetuar disparos de arma de fogo. Além disso, ele foi acusado de ameaçar uma pessoa no mesmo dia.
A Polícia Civil investiga o caso como homicídio culposo e omissão de cautela na guarda de arma de fogo, conforme previsto no Estatuto do Desarmamento.
Ao Jornal Midiamax, a delegada informou que o pai da criança foi ouvido informalmente e apresentou as imagens e documentação da arma. Ele, que tem o certificado de registro federal da arma e responde em liberdade, será interrogado pela Polícia Civil.
Disparo acidental que acabou em morte
O disparo acidental foi flagrado por câmeras de segurança da casa na noite de sexta-feira (13). Nas imagens, é possível ver a mulher e o marido sentados em uma cadeira, lado a lado, quando a criança pega a pistola e começa a manuseá-la. O homem aparenta estar mexendo no aparelho celular.
Em determinado momento, o menino, sem intenção, aperta o gatilho e efetua um disparo acidental que atinge o braço da mulher. Segundos depois, o pai continua mexendo no celular, mas logo levanta e corre. Em seguida, a mulher corre, e seu filho, assustado, vai atrás, enquanto o marido tenta socorrê-la.
Após o disparo, o marido acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que levou a vítima para o hospital. Apesar dos esforços da equipe, ela sofreu uma parada cardíaca e não resistiu.
Já a pistola Glock, carregada com 15 munições, foi apreendida pela polícia.
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