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Polícia

Corregedoria da Polícia Civil investiga morte de empresário dentro de cela de delegacia em Campo Grande

Empresário foi preso por ser flagrado dirigindo bêbado
Thatiana Melo -
Vanessa relembra carinho do pai (Arquivo pessoal)

A Corregedoria da Polícia Civil irá investigar os fatos sobre a morte do empresário Antonio Cesar Trombini, de 60 anos, que morreu na manhã de sexta-feira (2) em uma cela da (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) após ser preso por dirigir alcoolizado.

A certidão de óbito dizia que o empresário morreu por hemorragia craniana cerebral e traumatismo craniano. Além disso, no documento consta ‘cardiopatia não especificada’ nas causas do óbito. Conforme a PC, todas as providências cabíveis foram imediatamente adotadas, e a perícia realizada no local. 

A Corregedoria da Polícia Civil procederá à apuração dos fatos, que será conduzida com total rigor, transparência e isenção. “Por respeito à família e em atenção ao devido processo legal, novas informações serão divulgadas tão logo haja avanços confirmados nas apurações dos fatos”, diz a nota.

A filha do empresário, Vanessa Trombini, informou que, até o momento, não houve contato do poder público sobre a suposta negligência na prestação de socorro. Quanto às questões judiciais, ela afirmou não estar autorizada a repassar informações.

Contudo, sobre o legado do pai, Vanessa descreve a rotina e a personalidade de Antônio. “Meu pai era meu herói, meu porto seguro e meu direcionador. Desde pequena, sempre muito presente, com um amor incondicional entre nós que parecia não ser deste mundo. Meu pai sempre foi batalhador, sempre muito correto, tanto profissionalmente quanto na vida pessoal. Sempre quis o bem das pessoas, e uma das maiores lições da vida que ele me deixa é que nunca devemos enganar ninguém, sermos sempre verdadeiros e corretos”.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) afirmou não possuir registro nenhum de atendimento a esse paciente – empresário – na cena do acidente ou qualquer outro atendimento em delegacia. 

Conforme informação repassada, “no local do acidente a equipe atendeu apenas uma mulher, de 51 anos, que era passageira de um dos veículos, entretanto não há nenhum registro de paciente com o nome citado, o que pode caracterizar que ele não estava no local quando a equipe chegou, já que, em caso de recusa de atendimento, também é feito o registro na ocorrência aberta pela central de regulação”.

Acidente e prisão

Segundo o boletim de ocorrência, Antonio dirigia uma VW Amarok pela Rua Arthur Jorge, sentido norte-sul, e o condutor do outro veículo, um Hyundai Creta, transitava no sentido oposto.

No Hyundai Creta também havia uma passageira. Em certo momento, Antonio teria perdido o controle da direção, quando invadiu a pista contrária, causando a colisão. Todos foram atendidos pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e ninguém foi levado a uma unidade de saúde.

Ainda conforme o boletim de ocorrência, o empresário foi submetido ao teste de alcoolemia que resultou em 0,90 mg/l.

Na manhã de sexta (2), por volta das 11h15, uma investigadora que servia marmita aos presos foi informada de que Antônio estaria passando mal. Em seguida, os foram acionados, sendo que o médico responsável constatou o óbito, por possíveis causas naturais.

Advogado do empresário esteve com cliente momentos antes

Outra informação que consta no registro policial é que às 9h de sexta-feira (2), o do empresário compareceu à delegacia e foi até a cela, acompanhado por um investigador. O advogado entrevistou o cliente, que estava em pé, consciente e orientado.

Por volta das 10h30, compareceu na recepção da Depac Cepol um senhor que dizia ser médico e irmão de Antonio. Ele pediu para acessar a cela e fazer curativo no irmão, porém, teve acesso negado. Na delegacia foi informado que não era permitido o acesso e que a entrada de medicamentos é somente com receituário médico.

Por fim, nos levantamentos periciais foram encontradas duas cartelas de remédios contra hipertensão no bolso do short do empresário. Conforme a polícia, em uma cartela faltavam cinco comprimidos de um total de 10 e, na outra cartela, faltavam três comprimidos de um total de 15.

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