O incidente com bomba no Terminal Morenão, na Vila Progresso, região sul de Campo Grande, na tarde de quarta-feira (8) teve um cartaz com pregações comunistas idêntico a outro caso com explosivos em março de 2025 em São Paulo (SP). Em ambas as ocasiões, a Polícia Militar precisou detonar as bombas.
Em 12 de março, o Terminal Pinheiros, na capital paulista, foi parcialmente interditado para que o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) da PMESP (Polícia Militar do Estado de São Paulo). A concessionária que administra a estação acionou o Gate após duas sacolas suspeitas serem encontradas.
Assim como aconteceu ontem em Campo Grande, o explosivo foi detonado. Nas sacolas, havia cartazes com as seguintes frases:
“Abaixo os generais golpistas! Morte aos fascistas! Viva o Maoismo! Viva a Guerra Popular! Viva a Revolução Democrática! Partido Comunista do Brasil – P.C.B.”, escreveu o autor desconhecido. Ninguém foi preso.
O PCB (Partido Comunista Brasileiro) e o PCdoB (Partido Comunista do Brasil) de São Paulo negaram relação com o caso. Ambas as legendas apontaram que o cartaz era um ataque de “extrema-direita”. O PCB em MS também negou qualquer ligação com a ameaça de bomba em Campo Grande.
Bomba no Terminal Morenão
Um homem usando máscara cirúrgica abandonou, na tarde desta quarta-feira (8), duas sacolas com supostas bombas no Terminal Morenão, em Campo Grande. Os pacotes continham ameaças e mensagens relacionadas ao comunismo, deixando passageiros e trabalhadores em alerta.
O esquadrão antibomba da Polícia Militar foi acionado para analisar os artefatos, em uma operação que durou cerca de 1h30 e interditou o terminal, causando transtornos no transporte público. Foi descoberto, após desarmar a bomba, que havia pedaços de azulejo nela, para causar maior poder de destruição caso ela fosse acionada.
Os policiais chegaram ao local por volta das 16h e isolaram a área com apoio do Bope (Batalhão de Operações Especiais), da Polícia Civil e da Guarda Municipal. Os técnicos do esquadrão antibomba vestiram trajes especiais para analisar os artefatos e decidiram utilizar um canhão disruptor, um jato d’água de alta pressão que desarma explosivos sem os detonar.
Segundo o comandante da operação, a escolha do método foi feita após a avaliação de que não havia risco de explosão imediata. “Se fosse um artefato mais complexo, removeríamos para um local seguro e o detonaríamos”, explicou. Após o procedimento, foi descoberto que as bombas caseiras continham cacos de azulejo, o que aumentaria seu poder de destruição.
Enquanto a operação ocorria, os ônibus foram desviados para a Avenida Costa e Silva, que serviu como ponto de transbordo provisório. Passageiros foram orientados a aguardar do lado de fora do terminal, mas muitos motoristas, sem conhecimento da ameaça, tentaram acessar o local, gerando tumulto. Fiscais trabalharam para organizar o fluxo de veículos e pessoas durante a interdição.
A Polícia Civil já iniciou as investigações para identificar o barbudo que abandonou as sacolas. Até o momento, não há informações sobre motivações ou possíveis ligações do suspeito com grupos extremistas.
As mensagens políticas deixadas nos pacotes estão sendo analisadas agora pelo Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros). Após a confirmação de que não havia mais riscos, o terminal foi liberado.
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