A localização do sul-mato-grossense Giovany Molina Santos e outros três acusados de assassinarem Rodrigo Alves Rabelo e Valciderlan Sousa em Barra do Corda, no Maranhão, tem recompensa de R$ 450 mil para quem revelar. O crime aconteceu no dia 9 de janeiro deste ano, quando a dupla foi morta a tiros e os autores fugiram.
Dias depois do assassinato, foi realizada uma força-tarefa pela Polícia Civil e PM (Polícia Militar) com cumprimento de mandados de prisão temporária e de busca e apreensão contra os suspeitos. Contudo, Giovany, José Ermes Gomes Silva e Marcelo Gomes Carneiro – pai e filho – e José Rogério Gomes de Lima continuam foragidos.
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Assim, nesta terça-feira (18), após mais de 60 dias do assassinato de Rodrigo e Valciderlan, um familiar de uma das vítimas conversou com a reportagem do Jornal Midiamax e explicou sobre a recompensa oferecida. “A gente sabe que é uma missão difícil, essa recompensa vem de uma união da família das duas vítimas, das duas famílias. E o que a gente espera é que haja uma resposta, um incentivo a resposta”, explicou.
Esse familiar ainda disse que sabe que não é uma tarefa fácil a localização dos criminosos. “Não estou criticando o trabalho da polícia, mas demora muito, né?! Há dezenas, centenas, milhares de ações delituosas ocorrendo simultaneamente ao mesmo tempo, então não é uma tarefa fácil”, falou.
Além disso, o parente comentou que recebeu informações de que o acusado sul-mato-grossense – natural de Porto Murtinho, segundo a polícia – teria sido visto em municípios de MS. “Ele foi visto em alguns municípios daí, inclusive em Ponta Porã, na divisa com o Paraguai, há mais ou menos 1 mês”, afirmou.
A reportagem do Jornal Midiamax acionou a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul acerca das buscas pelo acusado e foi informada de que Giovany continua foragido, visto que o mandado de prisão ainda não foi cumprido. O espaço segue aberto para manifestações.

Esquema milionário em grilagem de terras
Ainda segundo a polícia, as investigações apontam que o crime teria sido motivado em virtude da disputa de terras, possivelmente griladas, em regiões das cidades de Mirador e Fernando Falcão, no estado maranhense. Além disso, teria ocorrido uma troca de ameaças ocorrido em dezembro de 2024, que envolveu uma das vítimas e um dos investigados.

De acordo com o delegado Brito Júnior, chefe da Delegacia de Barra do Corda, a quadrilha é suspeita de grilar até vinte mil hectares na região de Mirador, Fernando Falcão, Barra do Corda e outras cidades no entorno, podendo chegar as vendas em R$ 40 milhões. Giovany é apontado como possível mandante dos crimes.
O delegado ainda explicou que modus operandi do grupo criminoso era observar terras devolutas ou particulares sem certificação ou benfeitorias e realizar o deslocamento de matrículas, falsificar georreferenciamento e certificações. Além disso, fazer ameaças a posseiros e agricultores familiares, entre outros, a fim de vender as terras a grandes grupos econômicos ou fazendeiros.
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