Espaço de festas, onde mulher mantinha 71 bolivianos em cárcere, foi alugado na tarde de terça-feira (28). A proprietária do espaço contou ao Jornal Midiamax que não conhece a suspeita, e que esta seria a primeira vez que aluga o local para a mulher.
A proprietária explicou, ainda, que o espaço foi locado de terça para quarta-feira, e entregue na quarta, conforme combinado. A proprietária esclareceu, também, que no local não há quartos, mas apenas o espaço para confraternização.
Nesta manhã, o local estava fechado, mas dava para ver que havia muitas cadeiras de plástico e mesas, além de garrafas de refrigerantes e copos.
À polícia, a mulher, responsável pelo transporte das vítimas, contou que alugou o local às 17h, mas que era destinado para ela e para os motoristas. Disse, ainda, que o grande número de pessoas no local era porque o ônibus de transporte havia quebrado.
A reportagem tentou contato com a Polícia Federal para saber como ficou o destino dos bolivianos, mas até o momento não obteve retorno. O espaço segue aberto para futuras manifestações.

Denúncia
A denúncia chegou ao Batalhão de Choque após uma pessoa, que se identificou como representante de imigrantes bolivianos, dizer que uma mulher estava mantendo alguns bolivianos em cárcere e exigindo a quantia de R$ 150 para que pudessem retirar suas bagagens e deixar o local.
As equipes então se deslocaram até a casa na Avenida Doutor Nasri Siufi, onde foi constatado que havia 71 cidadãos bolivianos, entre eles mulheres, idosos e crianças.
Questionados sobre o motivo de estarem ali, eles disseram que saíram da Bolívia com destino a São Paulo, e que a mulher era responsável pelo transporte deles de Campo Grande até o destino.
Contaram, ainda, que estavam aguardando o transporte desde as 23h de terça-feira (28), sem acesso a alimentos, água ou condições mínimas de descanso, já que o local não comportava tantas pessoas.

Mulher nega acusações
Mesmo com a presença de todos, ela negou que o local fosse destinado a isso. Disse que a casa seria apenas para ela e os motoristas do ônibus. Sobre os alimentos, contou que seria responsabilidade dos próprios bolivianos.
Diante dos fatos, a equipe entrou em contato com a Polícia Federal e foi orientada a levar os bolivianos até a base da Polícia Federal no Aeroporto de Campo Grande para realizar os procedimentos cabíveis.
Todos foram encaminhados à Superintendência da Polícia Federal para as providências.
Segundo o Batalhão de Choque, a mulher apontada como a responsável pelo crime já tinha inúmeras passagens pela polícia por corrupção de menores, tráfico de drogas, vias de fato, injúria, lesão corporal, entre outras.
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