A mulher de 36 anos que foi esfaqueada seis vezes pelo ex-marido de 41 anos, na noite de terça-feira (27), no bairro Jardim Canguru, em Campo Grande, chegou a mandar um áudio para uma vizinha pedindo ajuda, logo depois do crime.
No áudio, a vítima dizia: “Tô nada bem, acabei de tomar cinco facadas. Entra aqui”, dizia a mensagem. A vizinha contou ao Midiamax que estava deitada quando a filha ouviu um grito vindo da residência da vítima. Em seguida, a mulher levantou e ao olhar pela janela percebeu que o portão da casa estava aberto.
Assim, a vizinha mandou mensagem para a vítima perguntando se estava tudo bem, quando recebeu o áudio da amiga falando que havia sido esfaqueada pelo ex-marido. “Eu só quero que a justiça seja feita, porque não tem lógica. O cara chega e faz uma coisa dessa com a mulher, querendo ter relações à força”, disse a vizinha.
“Ele pedia para voltar, mas ela não queria não. Parecia que ele entendia, ele vinha por causa das crianças, direto e ele não gostava muito não”, relatou a amiga.
O filho da mulher foi quem chamou a polícia por volta das 23h. A vítima foi esfaqueada seis vezes quando estava deitada em sua cama no quarto. Quando os policiais chegaram, encontraram a mulher ferida em meio a lençóis.
Esfaqueada 6 vezes pelo ex-marido
Ela foi esfaqueada três vezes nas costas, duas vezes na parte lateral da barriga e uma na parte frontal da barriga. A mulher conseguiu contar aos policiais que chegou em casa de uma festa e encontrou seu ex-marido em sua residência.
Como estava muito cansada, deitou-se na cama onde o homem também estava deitado. Ele tentou manter relações sexuais com ela, o que foi negado. Em seguida, o homem tirou uma faca que estava escondida embaixo do travesseiro e passou a golpeá-la.
A mulher começou a gritar por socorro e os filhos foram ao seu encontro, mas o autor fugiu de motocicleta e não foi localizado. A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada para a Santa Casa.
📍 Onde buscar ajuda em MS
Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá, 24 horas por dia, inclusive aos finais de semana.
Além da DEAM, funcionam na Casa da Mulher Brasileira a Defensoria Pública; o Ministério Público; a Vara Judicial de Medidas Protetivas; atendimento social e psicológico; alojamento; espaço de cuidado das crianças – brinquedoteca; Patrulha Maria da Penha; e Guarda Municipal. É possível ligar para 153.
☎️ Existem ainda dois números para contato: 180, que garante o anonimato de quem liga, e o 190. Importante lembrar que a Central de Atendimento à Mulher – 180 é um canal de atendimento telefônico, com foco no acolhimento, na orientação e no encaminhamento para os diversos serviços da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres em todo o Brasil, mas não serve para emergências.
As ligações para o número 180 podem ser feitas por telefone móvel ou fixo, particular ou público. O serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os finais de semana e feriados, já que a violência contra a mulher é um problema sério no Brasil.
Já no Promuse, o número de telefone para ligações e mensagens via WhatsApp é o (67) 99180-0542.
📍 Confira a localização das DAMs, no interior, clicando aqui. Elas estão localizadas nos municípios de Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.
⚠️ Quando a Polícia Civil atua com deszelo, má vontade ou comete erros, é possível denunciar diretamente na Corregedoria da Polícia Civil de MS pelo telefone: (67) 3314-1896 ou no GACEP (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), do MPMS, pelos telefones (67) 3316-2836, (67) 3316-2837 e (67) 9321-3931.