Dayane Garcia, de 27 anos, morreu na noite desta quarta-feira (3), na Santa Casa de Campo Grande, após ficar 77 dias internada ao ser ferida a tiros pelo ex-marido Eberson da Silva, de 31 anos, que atentou contra a própria vida, em Nova Alvorada do Sul, a 120 quilômetros de Campo Grande.
Dayane é 25ª vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul. O crime ocorreu na noite do dia 18 de junho. Ela estava na Santa Casa e familiares chegaram a pedir orações para que se recuperasse, mas Dayane não resistiu e morreu.
A vítima foi atingida na região cervical e torácica, segundo o boletim de ocorrência. Ao Jornal Midiamax, uma familiar informou, na época, que a mulher já havia passado por uma cirurgia, e estava se recuperando no CTI (Centro de Terapia Intensiva) da Santa Casa.
Ameaças
Neste ano, no dia 23 de fevereiro, o vigilante já havia sido preso após agredir e ameaçar a companheira. Contudo, acabou ganhando liberdade.
Na data das agressões, Eberson havia ingerido bebida alcoólica e chegou a dizer para a vítima: “Hoje acontece alguma coisa com você. Você vai ser mais uma vítima de feminicídio”.
Neste dia, a vítima foi para a casa da mãe, porém foi seguida por Eberson e agredida com o filho pequeno no colo.
Disparo com arma funcional
O vigilante Eberson da Silva, de 31 anos, usou a arma do serviço para tentar matar a própria companheira, de 27 anos. Após a tentativa de feminicídio, ele se suicidou.
A vítima foi atingida por disparo de arma de fogo na região cervical e torácica, sendo socorrida em estado grave pelo Corpo de Bombeiros. Ainda, na noite do crime, ela estava aguardando vaga zero do pronto-socorro de Campo Grande.
Já o vigilante, após atirar na mulher, tirou a própria vida. Ele foi encontrado morto, com a arma próximo ao seu corpo.
Conforme as informações apuradas pelo Jornal Midiamax, o revólver calibre.38 utilizado no crime era de serviço. Ele era vigilante de um banco da cidade e teria saído do expediente antes do horário, portando a arma funcional de forma indevida.
📍 Onde buscar ajuda em MS
Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá, 24 horas por dia, inclusive aos fins de semana.
Além da Deam, funcionam na Casa da Mulher Brasileira a Defensoria Pública; o Ministério Público; a Vara Judicial de Medidas Protetivas; atendimento social e psicológico; alojamento; espaço de cuidado das crianças – brinquedoteca; Patrulha Maria da Penha; e Guarda Municipal. É possível ligar para 153.
☎️ Existem ainda dois números para contato: 180, que garante o anonimato de quem liga, e o 190. Importante lembrar que a Central de Atendimento à Mulher – 180 é um canal de atendimento telefônico, com foco no acolhimento, na orientação e no encaminhamento para os diversos serviços da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres em todo o Brasil, mas não serve para emergências.
As ligações para o número 180 podem ser feitas por telefone móvel ou fixo, particular ou público. O serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os fins de semana e feriados, já que a violência contra a mulher é um problema sério no Brasil.
Já no Promuse, o número de telefone para ligações e mensagens via WhatsApp é o (67) 99180-0542.
📍 Confira a localização das DAMs, no interior, clicando aqui. Elas estão localizadas nos municípios de Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.
⚠️ Quando a Polícia Civil atua com deszelo, má vontade ou comete erros, é possível denunciar diretamente na Corregedoria da Polícia Civil de MS pelo telefone: (67) 3314-1896 ou no GACEP (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), do MPMS, pelos telefones (67) 3316-2836, (67) 3316-2837 e (67) 9321-3931.
(Revisão: Bianca Iglesias)