O homem amarrado por populares e agredido por agentes da Guarda Civil Metropolitana em um vídeo que circulou nas redes sociais, no dia 4 de julho, mas que só veio à tona no dia 11 deste mês, está em situação de rua há pelo menos 5 meses e seria dependente químico.
Ele foi preso no dia 4 de julho após invadir uma residência em construção na Rua Vale da Vida, no bairro Mata do Segredo, e furtar uma bomba costal avaliada em R$ 600. Ele teria danificado a concertina da casa para invadir o local.
O dono da casa acompanhou a invasão pelas câmeras de segurança e usando o áudio da câmera alertou ao invasor que estava indo para o local. Ao chegar à casa, ele amarrou o invasor, que, segundo o dono da casa, estava com comportamento agressivo.
Ele disse que estava fugindo de uma briga e, por isso, teria invadido a casa. O homem acabou preso e passou por audiência de custódia no dia seguinte pelo crime de furto qualificado, mas acabou solto.
Nas imagens que circularam é possível ver o momento em que os guardas questionam o homem se ele estaria cometendo furtos. “Estava roubando, filho?”, questiona o agente da GCM. Em seguida, o jovem alega que estava fugindo de uma briga.
Depois, o guarda ainda pisa na cabeça do jovem. Logo, é possível ver que ele está com as mãos amarradas e é novamente agredido com chutes na cabeça e arrastado até a rua. Depois, foi colocado na viatura da GCM à força.
Afastados
Diante da agressão, a Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social) informou, em nota, que os servidores envolvidos na agressão do jovem foram afastados por 60 dias e um PAD (Processo Administrativo Disciplinar) foi aberto para apuração do caso.
O afastamento foi publicado no Diogrande de sexta-feira (11), com data a contar a partir de quarta-feira (9). Além disso, os guardas tiveram o armamento recolhido.
Por fim, a Prefeitura Municipal disse que repudia excesso de abuso de autoridade por parte de seus agentes. “A Prefeitura de Campo Grande repudia veementemente qualquer excesso ou abuso de autoridade por parte de seus agentes. Todas as providências estão sendo tomadas no âmbito da administração pública para assegurar a devida apuração dos fatos e responsabilização dos agentes conforme previsto na legislação”, diz a nota.
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