A mãe de um adolescente com microcefalia denunciou um grupo de alunos de uma escola estadual, em Terenos, após descobrir que o filho adolescente, que tem microcefalia, era vítima de bullying. Ela contou ao Jornal Midiamax que o filho chegou a urinar nas roupas por conta das provocações em sala de aula.
Muito nervosa, a mãe disse ao Midiamax que descobriu o que estava acontecendo quando pegou o celular do adolescente e viu que estava em um grupo onde outros alunos faziam bullying contra ele. A mãe decidiu tomar essa atitude após perceber o filho, que é alegre, muito nervoso, triste e irritado em casa ao chegar da escola.
“Ele não sabe ler e nem escrever. Por isso não percebeu o que estava acontecendo”, disse a mãe. Ela contou que tem cerca de um mês que descobriu o bullying contra a criança. A mulher contou que em uma das vezes em que foi buscar o filho, ele havia feito as necessidades nas roupas devido ao nervoso. “Meu filho está sem suporte nenhum na escola”, denuncia.
Ainda conforme a mãe, ela teve que mudar o filho de escola depois de uma mudança de endereço da família para facilitar no dia a dia. Na outra escola, o adolescente tinha um professor de apoio. Agora, o filho não conta mais com um profissional.
O adolescente, que toma medicação controlada, estava bem até antes da mudança da escola. O novo local, no entanto, tem sido insuportável para o menino.
“Ela se recusa a ir. No grupo, li coisas horríveis. [Os outros adolescentes da sala] diziam que tinham medo do dele, que iam xingar ele. Tiravam sarro dele, mas ele não estava entendendo nada. Só estava triste”, disse a mãe.
Quando foi tentar falar com a direção da escola, a mãe contou que a diretora disse que ‘não podia fazer nada’ em relação ao que os alunos estavam fazendo contra seu filho. “Fui à escola buscar ajuda e não foi isso que encontrei. Pelo contrário, zero apoio. E tem dois meses que meu filho vem passando por isso. Não é a primeira vez que eu vou ao local, mas eles não resolvem nada”, disse a mãe.
“Eu estou desesperada com a situação e sem apoio nenhum”, finaliza. O Jornal Midiamax procurou a SED (Secretaria Estadual de Educação) para saber se alguma providência será tomada e também em relação a um professor de apoio para o menino, mas até a publicação da matéria não obtivemos resposta. O espaço segue aberto para futuras manifestações.
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*Matéria editada às 17h47 para correção de informação