O grupo acusado de executar Luan Felipe Pereira Santana, de 20 anos, estava quase comemorando o crime quando foi preso pelo Batalhão de Choque da PM (Polícia Militar). Luan foi executado com tiros na cabeça e no tórax na noite dessa terça-feira (7), no bairro Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande.
Os acusados são seis jovens, com idades entre 20 a 24 anos. Luan foi vítima de uma emboscada após se envolver em uma briga na última segunda-feira (6), com um amigo de um dos acusados.
De acordo com o tenente-coronel Rocha, comandante do Batalhão de Choque, a briga envolvendo Luan e o amigo de um dos acusados teria corrido devido a ex-namorada de um deles. A vítima dessa briga teve o braço e costelas quebrados e lesões no rosto.
Diante da briga, um dos acusados decidiu se vingar de Luan e planejou toda a execução. Após executarem Luan nessa terça-feira (7), os jovens fugiram em um carro. No entanto, pouco tempo depois, foram presos pelo Batalhão de Choque.
“Os envolvidos, quando abordados em uma casa no Cabreúva, estavam muito tranquilos, quase que comemorando a situação. [Eles] não tem dimensão do estrago que fizeram”, detalhou o comandante do batalhão durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (8).

Ainda conforme o tenente-coronel, o assassinato poderia ter sido evitado. Isso porque Luan foi até o local da execução após um dos autores marcar um encontro com ele via WhatsApp. Lá, ele foi vítima de uma emboscada.
Durante o interrogatório, um dos autores contou que estava no carro com os demais e, ao chegarem no local combinado, desceu para conversar com Luan. Ele afirmou que os ânimos se exaltaram e, então, retornou ao carro, momento em que foi seguido pela vítima até a janela. Em seguida, o autor efetuou três disparos contra o rapaz.
“Poderia ter sido evitado se a vítima não tivesse ido até o local combinado”, ressaltou o comandante Rocha.
Prisão
Segundo o boletim de ocorrência, o primeiro envolvido no crime foi encontrado em casa pelos militares. Ele confessou o crime e relatou que na segunda-feira (6) a vítima havia se envolvido em uma briga com o amigo dele. Na ocasião, o amigo ficou ferido e foi encaminhado para a Santa Casa.
Diante da briga, o autor confessou que reuniu com outros cinco indivíduos para se vingar e marcou um encontro com Luan pelo WhatsApp. Assim, o grupo foi até o local do crime em um Volkswagen Taos, conduzido por um dos comparsas.
Após o depoimento do autor, os militares foram até a casa do motorista do veículo. Lá, o comparsa foi encontrado junto com o carro usado no assassinato. Ele revelou aos policiais que recebeu uma mensagem para ir até um determinado local pelo autor, mas não sabia do que se tratava. Já no local, ele disse que presenciou o assassinato de dentro do veículo.
Arma foi comprada há dois meses por R$ 3,5 mil
Em seguida, os militares foram até a residência de outro autor, onde encontraram ele e outros três comparsas. Aos policiais, um dos jovens confessou que era o dono da arma, um revólver de calibre .32, usado na execução. A arma estava escondida dentro da gaveta de uma cômoda e o jovem disse que comprou por R$ 3,5 mil há aproximadamente dois meses.
Durante o interrogatório, um dos autores contou que estava no carro com os demais e, ao chegarem no local combinado, desceu para conversar com Luan. Ele afirmou que os ânimos se exaltaram e, então, retornou ao carro, momento em que foi seguido pela vítima até a janela. Em seguida, o autor efetuou três disparos contra o rapaz.
Já o outro comparsa revelou que é irmão do jovem que se envolveu na briga com Luan na segunda-feira (6). Ele confessou que estava dentro do carro no momento da execução da vítima na noite dessa terça (7).
O sexto envolvido também disse que estava presente e presenciou o crime. Diante dos fatos, todos foram presos e encaminhados para a delegacia, juntamente com o veículo usado no assassinato.

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